sábado, 28 de janeiro de 2017

SANTIAGO DE COMPOSTELA



O apóstolo Tiago, o Jacob, ou o maior, Santiago, Saint Jacques em francês, Saint James em inglês, em hebraico Yacob (Jacó), após a crucificação de Jesus, pregou o evangelho na Galícia, região que aprendeu logo a amar.

De regresso a Jerusalém, foi decapitado pelo Rei Herodes, e seus restos mortais, segundo a lenda, foi levado de volta à Espanha em um barco de pedra, transportado por anjos numa viagem que durou 7 dias e foi enterrado na Galícia. Em princípios do milênio atual, continua a lenda, um camponês chamado Pelayo, guiado por muitas estrelas, encontrou em um grande campo, a sepultura do apóstolo.

A notícia correu mundo, lançando uma legião de cristãos a peregrinar até Santiago de Compostela, cidade que se formou na região.

A palavra Compostela, provém de campo de estrelas, ainda segundo a lenda.

Desde então, multidões de peregrinos anônimos vêm percorrendo este caminho mágico, o único no mundo que não se formou por motivos comerciais. Vários daqueles que deixaram o nome na história, como Carlos Magno, El Cid, São Francisco de Assis, Fernão de Aragão e Isabel de Castela, também percorreram o caminho.

Ainda hoje se faz a história do caminho, com a passagem de peregrinos não menos famosos da nossa história contemporânea, como artistas, escritores, historiadores, etc.

Um pouco da história

(Texto retirado do site: www.santiago.org.br/historia.htm) 


Após a ressureição de Cristo, os apóstolos seguindo a orientação que o Senhor lhes transmitiu na terceira aparição, saíram da Judéia para espalhar suas palavras em terras desconhecidas. Tiago, filho de Zebedeo e Salomé e irmão de João "O Evangelista", frustrado com as constantes perseguições que sofreu Cristo e que continuava atingindo todos os demais cristãos, decidiu pregar em Finisterrae um lugar muito remoto onde não haviam perseguições aos cristãos. Esta região, a mais a oeste da Europa, era então considerada o fim do mundo, daí o seu nome. Após uma longa jornada, em um pequeno veleiro que praticava o comércio em todo o Mediterrâneo, chegou a Iria Flávia, cidade na qual conseguiu vencer várias dificuldades iniciais e à partir da qual iniciou seu trabalho de evangelização entre os povos da região. Após seis anos de pregação, decidiu que era hora de voltar à Palestina a fim de contar o que tinha conseguido e trazer mais evangelizadores à Hispania. O retorno foi muito difícil e dois anos depois finalmente aportou em Jafa e seguiu para Jerusalém.

Nesta época os judeus eram regidos por Herodes Agrippa, que levou as perseguições aos judeus às últimas conseqüências. Após um curto período de pregação, Tiago foi preso e sentenciado à morte por decapitação e abandono dos restos mortais às feras do deserto. Cumprida a sentença, os seus irmãos de fé conseguiram recolher o seu corpo, que foi embalsamado e transportado de volta à Hispania por Teodoro e Atanásio, dois discípulos convertidos em Iria Flavia. Uma vez de volta a Finisterrae, Tiago foi sepultado em um bosque de difícil acesso que recebeu o nome de Libredunum. À partir de então gerações de eremitas se revezavam na tarefa de velar o túmulo do Apóstolo. Passaram-se quase setecentos anos, quando em 822, dois camponeses acreditaram ter visto muitas luzes vindas de um bosque êrmo. Alertado, o Bispo Teodomiro empreendeu uma viagem ao local e lá encontrou o eremita Pelayo que lhe relatou que velava o túmulo de Santiago, todo envolto por luzes. A notícia foi rapidamente levada ao rei Afonso II que mandou construir uma capela e um monastério, tornando-se o primeiro peregrino a visitar o local. Assim nasceu um dos mais importantes centros de peregrinação: o Caminho de Santiago de Campo Estela. À partir de 845, começaram a chegar os primeiros peregrinos e já em 862 o local não suportava mais o fluxo de fiéis, o que fez com que os restos mortais fossem transladados para Santiago de Compostela. Em 1075 deu-se o início da construção da atual catedral. No século XI, o caminho partia de quatro cidades da França: Tours, Vézelay, Lê Puy até Ostabad e de Arlés até Somport. Devido à importância que o Caminho adquiriu, em 1135, o Papa Calixto II, incumbiu o frade Aimeric Picaud de escrever uma obra a respeito, tendo sido produzido o Líber Sancti Jacobi, em cinco volumes. Um dos volumes descreve pormenorizadamente o caminho, sendo considerado o seu primeiro guia.
Com o fim da Idade Média, o Caminho de Santiago perdeu a sua importância e foi gradativamente esquecido. Somente no século XX, ele foi novamente resgatado e começaram as peregrinações modernas. O Caminho de Santiago foi declarado Conjunto Historio Artístico em 1962, é considerado Patrimônio Cultural Europeu pela Unidade Européia e Santiago de Compostela foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade em 1962.
(Fonte: www.santiago.org.br/historia.htm )

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