CONVERSA COM SEU ZÉ PILINTRA

Fim de noite, relembrando minha conversa com Seu Zé Pilintra do Catimbó, o eterno boêmio... na terça feira.

Ele começou cantando o ponto da Navalha e eu que já estava com as pernas bambas antes dele chegar, sentindo a energia dela... me segurei prá não virar pq sempre achei que era ele que tinha que puxar, autorizar sei lá. A conversa foi muito proveitosa, ele disse que meus laços com a casa são antigos e que não vão deixar de existir pq não estou lá fisicamente. Eu só queria que ficasse tudo bem claro, como ele mesmo diz: "Claro ou escuro?". Seu Zé, comigo está sempre tudo claro, clarissímo! Impossível não gostar dele, a versão feminina da Maria Padilha quando o assunto se trata de ser o queridinho das mulheres. E este amor não é gerado à toa, mas pela forma que ele cuida. Isto quando cuida, pq tem muito Zé por aí que pode ser chamado de qualquer coisa, menos de Zé Pilintra... pq são o lado escuro e não o lado claro que Seu Zé representa. Enfim nos entendemos, os nossos finalmentes foram bons e fica sempre um gostinho de quero mais quando a conversa é produtiva.

Ele falou sobre este trabalho do blog, de quanto as palavras colocadas aqui ajudam e tbem interferem na vida de muitas pessoas, que muitas pessoas se inspiram no que é escrito aqui, muitas que eu nem sei que existem e que não se manifestam mas que acompanham o blog em um anonimato constante. Eu concordei e até contei e citei para ele do Zé "Pilantra" do pai de santo que a menina que joguei e que eu não conhecia até então, citou durante o jogo dizendo que teve influência das leituras do blog para se afastar da casa que ela frequentava. Que por este trabalho, com mulheres e pela proximidade com as mulheres, eu tenho muita afinidade e muita proteção da falange de Maria Padilha. Falou um pouco da Mulambo, explicou os guias dos meus caminhos, dos meus pés, coisas que eu já sabia mas me chamou especial atenção para a cadeira, o trono e o que ele representa na entidade que se faz visualizar assim, pq as vzs que sonhei com Exú Caveira e dona Rosa Caveira eu sonhei com eles sempre sentados em uma espécie de trono, que eu saiba na Umbanda um trono significa o assento mais alto de uma hierarquia, o simbolismo dentro e fora da Umbanda de um trono é este. Sei que meus guias são chefes de falange mas isto não me impressiona em nada. Não adianta ter coroa e não querer governar, não quero nem o trono fisico e nem títulos, apesar de entender a importância desta representação, rei e rainha faço eu deles sim, mas na minha vida, no meu propósito e já está ótimo assim. Pq quando peço a eles peço assim: assim como vcs estão a frente de um trabalho e lideram meu caminhar, me façam liderar minha vida da melhor maneira possivel, intuindo e direcionando ao melhor caminho, que eu posso ser líder de mim mesma, de minhas decisões, sem titubear e me deixar abater por dúvidas ou limitações da mente ou impostas pelos obstáculos do caminhar. E tenho conseguido alcançar isto, por este mesmo motivo quando empaco em algum sentido me sinto aprisionada. Nada que me limite me faz bem. Acredito firmemente que nosso maior altar é nosso coração, o sentimento que colocamos à frente de tudo que nos dispomos a fazer, o resto pode ficar pequeno, a roupa bonita pode ficar pouca coisa,  a gira da pombagira pode não ter a mesma graça, se lá dentro não tiver o conteúdo certo, então acredito que mesmo não estando dentro do centro, posso cultivar este altar de forma sincera e fazer dos meus objetivos dentro da espiritualidade os melhores... quando der muita saudade eu apareço por lá e atualizo as novidades com os guias, mas por enquanto vou ficando por aqui mesmo, retomando os meus projetos que são muitos e nunca consigo por totalmente em prática... mas indo, devagar e sempre! Há muitas maneiras de se fazer algo quando se tem um propósito, várias estradas levam a um mesmo lugar. 

E falando em uma certa altura desta nossa conversa de humildade e uma coisa puxa a outra eu comentei que muitas pessoas me perguntam como pedir algo a ele e eu fico até sem graça pq para mim, uma vela já é muita coisa, mas para os de pouca fé nada é. Aí ele colocou algumas observações sobre ele: para trabalho, pedir para São José Operário, na força de Seu Zé Pilintra, colocando uma vela e um copo dágua. Para vicios, colocar uma vela com erva cordão de frade e pedir para os frades franciscanos tbem invocando a força dele. 

E para o amor???

Aí ele cantou este ponto... e corrigiu, olha o ponto.. eu chorava por uma mulher, não choro mais.... já chorei, no passado. E quando eu chorava a dor do amor, eu corria prá onde? Corria para N Sra do Carmo, de quem eu era devoto. Mas hoje ninguém quer se curar da dor do amor, as pessoas querem soluções fáceis para trazer aquele amor que nem existe de volta. Mas fica a dica para quem quiser seguir para curar a dor de amor. Vai em uma Igreja de N Sra do Carmo, compra um escapulário e pede o padre para benzer e usa este escapulário pedindo para curar a dor de amor não correspondido. Quando esta pessoa conseguir se curar, quando a alma já estiver limpa desta dor, este escapulário não precisa mais ficar no pescoço, ela vai lá na mesma Igreja devolve este escapulário para N Sra do Carmo e agradece.

Algumas pessoas estão aprendendo a gostar do Seu Zé mesmo sem conhecer, só pelas observações que coloco aqui no blog sobre a malandragem... 

A magia de nossa vida está em sabermos nos fazer merecedores sempre do melhor, e o nosso melhor é curar as feridas da alma, do corpo e da vida de uma só vez, reconhecendo onde precisamos e devemos mudar para que nossos pequenos ou grandes milagres aconteçam em nossas vidas! 

 

SALVE SEU ZÉ PILINTRA DO CATIMBÓ!

SALVE A MALANDRAGEM!