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sábado, 26 de março de 2016

LINHA DE BAIANOS



Formam esta linha espíritos de pessoas que viveram no Estado da Bahia ou estados do nordeste, próximos à Bahia. Os Baianos trabalham na orientação material ou espiritual dos seguidores de nossos cultos, desmancham trabalhos de magia negativa, nos ajudam no desenvolvimento mediúnico, nos assuntos e desavenças matrimoniais, nos assuntos profissionais, etc.

Os Baianos são muito comunicativos e muito brincalhões, usam bebidas alcoólicas e cigarros em seus trabalhos (não fumam os cigarros, fazem defumações com eles). 

O Baiano depois de um determinado período de comparecimento aos trabalhos, transforma-se em verdadeiro amigo e confidente e neles depositamos imensa confiança. A origem dos Baianos é normalmente a Quimbanda e são grandes conhecedores do que por lá é praticado. Usam hoje esses conhecimentos no combate direto as forças do mal, desmancham feitiços, quebram demandas, etc. Nunca andam sozinhos, o que os torna poderosos no combate ao mal.

Os Baianos são poderosos aliados da Umbanda e grandes amigos de seguidores ou praticantes do culto. Eles ajudarão qualquer pessoa em tudo o que for permitido praticar em nome de Deus, eles estarão sempre ao seu lado, desde que você não tenha má índole. Quando uma pessoa não é correta e os procura pedindo ajuda, vão ouvir deles o que não querem ouvir. Baiano não tem osso na língua, o que ele tiver que falar a uma pessoa, ele o fará, goste a pessoa ou não. O objetivo dessa conduta é apenas um, ajudar aos homens a andar direito na vida. Baiano de terreiro, como é chamado, "não pactua com vagabundos". Ao menos os Baianos verdadeiros agem dessa forma, não fazem conchavos de qualquer espécie.

A Linha dos Baianos sempre foi para nós de um valor imenso, a amizade que sempre demonstraram, os puxões de orelha que sempre nos deram na hora certa, corrigindo nossos defeitos e nossa conduta e as provas que sempre nos deram, sempre aumentaram a nossa fé, enfim: aos Baianos devemos muito.

Um baiano muito famoso é conhecido na Umbanda como Zé Pilintra, a quem é dado o mérito de ter iniciado essa famosa linha na Umbanda. Pelo menos o Zé Pilintra é o Baiano mais famoso em nosso meio. Não existe quem não o conheça, ao menos de nome. Muitos dizem que o Zé Pilintra é um exu quiumba, nós não acreditamos nisso. Na realidade, se alguém se apresenta como Zé Pilintra e pratica magia negativa, ele não é um Baiano verdadeiro e sim, um exu quiumba mistificador. Os Baianos não fazem mal a ninguém, muito ao contrário, são amigos de todos, sejam bons ou maus.

Entre eles, existe uma amizade muito grande, um é irmão do outro. A Linha dos Baianos não é propriamente só dos Baianos. Os espíritos com conhecimentos de magia que viveram nos estados do nordeste também comparecem na linha dos Baianos, embora não tenham vivido sempre na Bahia.
Como exemplo, há alguns anos foi trazido a um trabalho de Baianos, pelo Baiano chefe de nossa casa, uma entidade que se apresentou como Salustiano, nitidamente um espírito de evolução mais baixa, que informou ter sido um cangaceiro, nascido na cidade de Exu, em Pernambuco. Porém, essa entidade embora não seja um baiano de origem, trabalha no meio deles e deixou isso claro cantando o seguinte ponto:
O meu pai foi do tumbeiro e me criou lá no cangaço,
Na cidade de Exú terra que dá muito macho
Me chamo Salustiano e eu sei bem o que faço
É na linha de Baiano, venho aqui corta embaraço.
Analisando o ponto
O meu pai foi do tumbeiro (foi filho de escravo)
E me criou lá no cangaço (sertão nordestino entre a Bahia e Pernambuco)
Na cidade de Exu (Cidade do interior de Pernambuco)
Me chamo Salustiano (Seu nome de Batismo)
E eu sei bem o que faço (É senhor de seus atos)
É na linha de baiano (Sua linha de trabalho)
Venho aqui cortar embaraço (Lutar contra o mal)

Essa é a prova que nem todo Baiano que se apresenta como tal, viveu na Bahia, podem ser pernambucanos, alagoanos, cearenses, etc. Uma coisa só lhes é peculiar: todos eles quando encarnados eram praticantes da magia negativa. Hoje usam esses conhecimentos para combater o mal, valendo-se da inversão dos pólos. 
Consideramos a linha dos Baianos, não somente uma linha de trabalhadores amigos mas sim, uma das linhas mais fortes que existe na Umbanda. 
Não conhecemos feitiço que não desmanchassem, não constatamos situação que não resolvessem. 

FONTE:
http://www.nuss.com.br/protetores-na-umbanda/linha-dos-baianos.html

quinta-feira, 24 de março de 2016

MEMÓRIAS DE MARIA BONITA










FOTOS ENCONTRADAS NA INTERNET






















Em junho de 2015, estava eu viajando em Macéio, Alagoas (as fotos acima são da viagem), onde conheci muitos lugares líndissimos e sonhei com uma mulher que aparentava ser uma pombagira, usava um vestido, só que o vestido era de um tom amarronzado, se apresentou como Maria Bonita, me disse : "Moça não pare este trabalho que vc faz, pq vc ajuda muitas mulheres, vc não tem idéia de quantas mulheres existem que sofrem todos os tipos de tortura, e não só fisicas como também psicológicas, principalmente no norte nordeste deste país, onde ainda existe muita mulher submetida a todo o tipo de abuso. Quero que vc faça um padê para mim de farinha amarela com carne seca e que use a essência do cipreste nas suas magias."

Acordei pensando que a única Maria Bonita de quem eu já havia ouvido falar era a mulher do Lampião.
Neste mesmo dia seguimos para um passeio que era para o Cânion de São Francisco eu só sabia que seria um passeio pelo Rio São Francisco, partimos cedo de Macéio, achei que iriamos pegar o barco ainda na divisa de Macéio com a Bahia e na verdade fomos parar em Piranhas de onde seguimos depois para onde o barco partia, em um ponto de apoio com restaurante.

Para minha surpresa em Piranhas encontro justamente o Museu do Sertão com a história do cangaço! 

Assim nasceu mais uma amiga espiritual, que não quer dizer que seja esta Maria Bonita do Lampião, mas que tenha sintonia com esta linha (baiana), vem pelo lado dos baianos, mas pela falta desta linha em algumas casas, elas vem também como pombagiras. A "roupagem" acaba sendo um detalhe e nem sempre o hábito faz o monge, coisa que muitas pessoas que acham que conhecem as linhas de umbanda estão longe de entender, que na verdade, seja a roupagem qual fôr, o espírito pode se apresentar como e onde ele quiser, usando a roupagem que convier. O que importa é a mensagem e o trabalho. 

Acredito eu que MARIA BONITA, seja mais uma das muitas falanges astrais de trabalho. É uma MARIA e merece todo nosso respeito e consideração.

Em muitas casas ainda ela se apresenta como juremeira trabalhando como mestra do Catimbó na mesma linha que vem Zé Pilintra, o que diferencia nomenclatura de Baiana Maria Bonita e pombagira Maria Bonita é o modo como cada casa trabalha, mas todas fazem parte de uma só falange, utilizam elementos idênticos, cada entidade com sua preferência pessoal, por isto eu acho muitíssimo errado as pessoas que tem a mana de "copiar" as entidades em roupas, elementos , cada entidade é únca assim como somos únicos cada um de nós.

E o padê que ela me pediu e que eu só fiz agora, sirva como agradecimento à aparição de mais uma amiga trabalhadora espiritual.

Mais sobre a linha dos baianos vcs encontram aqui:

http://ciganosencantados.blogspot.com.br/search/label/MARIA%20BONITA

http://ciganosencantados.blogspot.com.br/2016/03/linha-dos-baianos.html

sexta-feira, 18 de março de 2016

LINHA DOS BAIANOS


A Linha dos Baianos da Umbanda engloba espíritos de antigos Sacerdotes da Bahia e de outras regiões, tendo a Regência direta do Orixá Yansã. Também tem uma ligação com os Orixás Oxalá e Oyá-Tempo, já que seu Arquétipo (Sacerdotes) diz respeito a questões da Fé e da Religiosidade.
Esta Linha foi criada justamente para homenagear os antigos Pais e Mães no Santo da Bahia, que foram os primeiros a trabalhar, e muito, para a preservação e a divulgação do culto aos Orixás em nosso país e enfrentando, à época, toda sorte de dificuldades e preconceitos.  A Linha engloba espíritos voltados para a missão sacerdotal ligados não são à Bahia, mas a todo o Nordeste do nosso país. Muitos viveram ou passaram parte de sua vida em Estados dessa região, em contato com os Mestres do Catimbó e da Pajelança. Manifestam-se de forma alegre e movimentada e gostam de uma boa conversa. São firmes, parecem “feitos de fé”. E não se cansam de louvar “o Senhor do Bonfim”…
  O Povo Baiano vem ao Terreiro para nos trazer seu axé, sua energia positiva, e têm muito a nos ensinar, sempre com uma resposta certeira e rápida para as nossas dúvidas e questionamentos. 
Na sua forma de trabalhar, trazem muito das Qualidades de Mãe Yansã: são bastante ativos, movimentadores, irrequietos, despachados e descontraídos. Sua dança tem movimentos característicos, com gingados, “pisadas” e giros que dissolvem as energias densas acumuladas no ambiente e nas pessoas. Também são bons orientadores e doutrinadores, porque a missão sacerdotal do seu Arquétipo tem ligação com Pai Oxalá e Mãe Oyá-Tempo (Fé e Religiosidade). Sabem ouvir, dar bons conselhos e levantar o ânimo dos entristecidos. Neste caso, conversam bastante, falando baixo e mansamente, transmitindo conforto e segurança ao consulente. São consoladores por natureza. Os Baianos nos contagiam com suas energias de alegria e de firmeza e nos ensinam a perseverar diante dos obstáculos, através da sua magia peculiar e das suas brincadeiras sadias. Médiuns introspectivos, quando incorporados de seu Baiano (ou Baiana) acabam se libertando e demonstrando alegria e descontração.
E todos nós podemos aprender com os Baianos. Seu magnetismo é forte. São “decididos” ao ponto de nos fazer sentir mais leves e animados. O que nos leva a tomar um novo rumo na vida e a obter conquistas espirituais e materiais.
Os Baianos nos ensinam muitas coisas. Seu magnetismo, entre outras coisas, estimula cada pessoa a não estagnar diante dos problemas, a não lastimar, mas agradecer pela vida e ir em frente; a confiar em si e na Providência Divina e montar um plano de ação para começar a resolver pendências; a cuidar bem de si mesmo, manter bons sentimentos e pensamentos firmes, através de orações, banhos, rezas etc. (reza de Baiano é infalível!…); não olhar só “pro umbigo”, ou seja, fazer alguma coisa em benefício dos mais necessitados, e lembrando que a maior ajuda é saber ouvir com respeito, dar uma boa palavra, fazer uma oração na intenção do necessitado; etc.
Por outro lado, os Baianos admiram a disciplina e a organização dos trabalhos. Sabem “dar disciplina” de forma direta, quando preciso, até porque a Linha tem a Regência de Mãe Yansã. São poderosos aliados da Umbanda e nos ajudarão em tudo o que for permitido pela Lei Divina. Mas desde que a pessoa não tenha má índole. Porque Baiano “não tem osso na língua” e diz o que tem a dizer, quer a gente goste ou não. Seu objetivo é nos ajudar a manter uma conduta reta na vida, para que a Lei e a Justiça Divinas nos amparem.Baiano é alegre, Baiano brinca. Mas também sabe falar sério, e nessas horas não corta caminho, vai direto ao ponto… 
Bons conhecedores da Magia, ( Clique aqui e conheça algumas mandingas) eles atuam fortemente na quebra de magias negativas, na desobsessão e na limpeza energética. Suas oferendas podem ser feitas ao pé de um coqueiro ou palmeira ( Clique aqui e saiba mais sobre as oferendas dos Baianos), ou então no ponto de força do Orixá que os rege mais especificamente. Preferem os colares feitos de pedaços de coco seco e/ou de coquinhos e/ou de sementes (olho de boi, olho de cabra). Alguns intercalam búzios, pedras e mesmo contas de porcelana ou de cristal.
Origens da Linha dos Baianos
No Astral se organizaram, pouco a pouco, as Linhas de Trabalho Espiritual da Umbanda, a partir dos arquétipos do povo brasileiro. A de Caboclo homenageava o guerreiro nativo e forte, conhecedor da Natureza, corajoso; a de Preto Velho destacava a sabedoria, paciência, bondade e humildade dos anciãos que vieram da Mãe África; a das Crianças nos remetia à pureza infantil e à necessidade de despertá-la em nosso íntimo, bem como à valorização da infância e dos seus cuidados.  Novas Linhas foram se apresentando gradualmente, inclusive respondendo às mais novas e crescentes necessidades do nosso meio, já que toda essa estrutura de Trabalho Espiritual da Umbanda está voltada para a evolução da nossa humanidade e dos seres afins com a nossa realidade. Os Regentes Planetários fizeram por acompanhar as mudanças do nosso meio social e atender às necessidades humanas e, principalmente, humanitárias que delas emergiam. E não poderia ser de outra forma, pois a Umbanda é uma religião BRASILEIRA e reflete os valores culturais e religiosos do nosso povo.
Assim, a cada Gira de Umbanda manifestam-se as diferentes qualidades, habilidades e saberes ancestrais desse nosso povo multicultural.
A Linha dos Baianos, também chamada “Povo da Bahia”, traz uma referência ao início da descoberta do país, à colonização e às origens de um povo que é “a cara do Brasil”. A Bahia e seu povo sintetizam o grande “caldeirão” de diversidades que é o Brasil, seja quanto às origens dos povos que aqui vivem e convivem pacificamente, seja quanto aos seus valores culturais e religiosos etc. Com efeito, o povo baiano é fraterno, universalista, devoto, fervoroso, persistente, alegre, festeiro, cheio de ginga, de ritmo e magia. E a Linha reflete tudo isso. De maneira organizada, como uma Linha de Trabalho efetiva, os Baianos surgem a partir da década de 50, com a industrialização dos grandes centros, e especialmente em São Paulo. Isto se intensifica na década de 60, com a maior onda de migrações provenientes da grande seca que acometeu o Nordeste brasileiro. Nas décadas de 50 e 60, ao mesmo tempo em que a Umbanda se firmava em São Paulo, crescia o fluxo migratório do Nordeste, que acabou por transformar a cidade numa das maiores metrópoles do mundo. Nesse grande fluxo destacaram-se os Nordestinos que vieram para trabalhar na construção civil e na indústria automobilística, então em franca expansão.
Popularmente, na cidade de São Paulo o Nordestino sempre foi associado ao trabalho duro, à pobreza e ao analfabetismo, restando-lhe os bairros mais periféricos e as regiões mais precárias para morar. Com todos os problemas decorrentes do exagerado crescimento populacional, sempre se buscou um “culpado”; e todos se voltaram contra o “intruso”, o “ignorante” Nordestino. Todo Nordestino passou a ser chamado de “baiano”, mas com um caráter discriminatório terrível, pejorativo e negativo. No entanto, nos Terreiros de Umbanda paulistas a Linha dos Baianos conseguiu alcançar grande popularidade. A Umbanda sempre se caracterizou por abrigar espíritos de diversas correntes, de modo que essas Entidades “Nordestinas” foram sempre muito bem acolhidas. O caráter de luta e irreverência do Nordestino migrante parece ter sido o fator mais importante para sua aceitação dentro dos Terreiros. Sob esse aspecto social, a Linha dos Baianos reflete também o arquétipo do rural migrado e já adaptado à zona urbana; e vai servir de ponte para os migrantes, através de sua semelhante identidade. Num primeiro momento talvez, os consulentes de origem Nordestina foram os que mais se identificaram com o jeito despojado e alegre desses Espíritos “conterrâneos”. Pouco a pouco, pessoas de todas as origens se deixaram envolver pelo carisma e o magnetismo dessas Entidades.
A Linha dos Baianos se manifesta desta forma justamente para ter um canal de aproximação, uma ponte de contato conosco, remetendo nosso pensamento a um arquétipo: o de um povo cujas lutas, sofrimentos e superações nós bem conhecemos e admiramos. Desta forma os Baianos nos conquistam, desarmam nossas defesas emocionais e mentais, sintonizam fraternamente conosco e então conseguem auxiliar a nossa evolução espiritual e material, empregando seu cabedal de conhecimentos e elevação. Durante muitos anos a Linha dos Baianos foi meio que renegada, seus trabalhos eram vistos com restrições. Dizia-se que era “inexistente”, não estava ligada às Linhas principais (Caboclo, Preto-Velho, Criança) e que só espíritos zombeteiros e mistificadores estariam ali. Aos poucos, porém, os Baianos foram chegando e tomando conta do espaço que o Astral lhes concedeu, e que souberam aproveitar de forma exemplar. Hoje, são trabalhadores incansáveis e respeitados.
É cada vez maior o número de Baianos que se manifestam nos Terreiros de Umbanda, onde atuam sob o amparo das Sete Irradiações Divinas, para movimentar, direcionar e reordenar os campos da Fé, do Amor, do Conhecimento, da Justiça, da Lei, da Evolução e da Geração. Por isso encontramos Baianos (e Baianas) de todos os Orixás. Têm, ainda, um trânsito muito bom pelos caminhos de Exu, podendo trabalhar na Esquerda no momento em que isto se torne necessário. Vale lembrar que nem todos os Baianos que se manifestam na Umbanda realmente o foram em encarnações passadas. Como ocorre em todas as Linhas de Trabalho da Umbanda, esses espíritos agruparam-se por afinidades energéticas e especialidades de atuação, mas dentre eles há múltiplas origens.  Há, no entanto, os que ainda não aceitam a Linha dos Baianos como vertente Umbandista; esquecendo-se, talvez, de que a Bahia foi “o celeiro dos Orixás”, uma terra de espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico por excelência.
No Nordeste, e especialmente na Bahia, prevaleceu a influência dos povos Nagôs, de língua Iorubá, sobre todos os outros grupos de Povos Africanos que para cá vieram, ao tempo da escravidão. E justamente os Nagôs cultuavam Orixás, ali nos deixando esta herança. Com o tempo, e por força da convivência das várias Nações Africanas, nasce o Candomblé, uma religião afro-brasileira. A Bahia cultua os Orixás, mas também reverencia o Senhor do Bonfim e os Santos católicos, pois no coração desse povo há mansidão, devoção e abertura para a Espiritualidade. E a Umbanda, que nasceu depois e já como religião brasileira, bebeu dessa fonte, além de receber influências indígenas, européias, do Catolicismo e do Espiritismo.
Mas é na Bahia ―e só na Bahia, onde mais?― que todo ano se faz um cortejo de baianas e de devotos do Candomblé e da Umbanda, lado a lado com fiéis católicos e de outras crenças e religiões, para lavar com água de cheiro a escadaria da Igreja do Senhor do Bonfim, de forma delicada e amorosa, degrau por degrau. Todos se unem para pedir bênçãos e agradecer. Quem já viu, sabe que não há palavras que traduzam isto…    Nada mais natural que a Bahia, seus valorosos Pais e Mães no Santo e seu povo tenham sido escolhidos para essa homenagem!… Não podemos nos esquecer do caráter Universalista da Umbanda, que em suas fileiras recebe e abraça a todos os espíritos que desejam praticar o Bem, independente das suas “origens” e da forma como se apresentam.
As palavras do Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, ao fundar a religião no plano Terra, foram justamente no sentido de que na Umbanda os espíritos mais sábios nos ensinariam; os menos esclarecidos seriam orientados; e a ninguém seria negada uma oportunidade de manifestação, de trabalho, ou de aprendizado.
Quando um Baiano (ou Baiana) incorpora num médium e ouve, aconselha e direciona o consulente em sofrimento, ele está fazendo mais do que isto. Está mostrando que cada Povo tem seu valor, sua bagagem moral e cultural, seus valores religiosos e a “sua” maneira de fazer o Bem e que todos podem contribuir para o progresso comum. Acima de tudo, mostram que somos diferentes, mas isso não é ruim, pois o que de fato importa são os valores que carregamos no íntimo. E assim quebram-se preconceitos… E sem alarde e sem armas de guerra…
Isto se chama Fraternidade. Em silêncio e de forma simples, os Guias da Umbanda nos ensinam e auxiliam muito mais do que podemos imaginar, porque nos revelam que somos parte de uma única “raça”: a Raça Universal dos Filhos de Deus…
Salve os Baianos! Salve a Bahia de Todos os Santos!

CALENDÁRIO DAS MAGIAS DE SETEMBRO DE 2025

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