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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

ATOTÔ MEU SENHOR!


O FILHO DO SOL. Era assim que Omolú era conhecido pois ninguém jamais vira seu rosto. Bom, além de suas mães: Iemanjá e Nanã. Quando ele cresceu sua fama como feiticeiro se espalhou assim como sua enfermidade: A varíola.

Segundo os Itãs seu corpo era coberto de chagas, pústulas e feridas das quais ele tinha muita vergonha. Um dia Xangô resolvera dar uma imensa festa e todos os Orixás foram convidados, mas Omolú decidiu não ir. Ogum, seu irmão, a caminho da tal festa encontra o caçula e o indaga do porque não ir dançar com os demais e recebe como resposta um olhar desolado. Não satisfeito com a resposta vai até a mata e com sua espada encantada cria uma roupa de palha e entrega a ele, dizendo-o que também fora convidado e iria lhe fazer companhia.
Já na festa A NATA! Oxum coberta de ouro dos pés à cabeça era o centro da festa. Reluzia a luz da lua como um espelho nítido e encantado. Iemanjá cuidava da majestosa Nanã que ensaiava com os pezinhos o Ijexá que Oyá rodopiava em alegria. Xangô, garboso, bonito e coberto de jóias trazia suspiros por onde passava enquanto Obá e Ewá dançavam simulando guerrear. Enfim, todos estavam lá em seus melhores trajes quando Ogum chega trazendo um homem coberto de palha. A festa PAROU.
Todos riram e caçoaram do pobre homem coberto de palha. Afinal, ele não tinha um traje adequado? - pensaram. Era desconfortável a situação e fez com que Omolu se sentasse em um canto. Mas Oyá.. Iansã é curiosa demais para ficar quieta e logo foi mexer com o convidado misterioso lhe convidando para dançar.
OUTRO CHOQUE. A festa parou. "O que ela acha que ele vai fazer? Dançar?" - caçoavam. O homem não responde ao pedido de Iansã que começa a rodar em volta dele na hora que começam a tocar seu barravento. O vento que girava em volta de Oyá cria um pequeno redemoinho que arrebata a roupa de palha revelando um homem MARAVILHOSO. Sua pele de ébano era tão suave quanto a seda e seu olhar reluzente como o sol. Da roupa que esvoaçava pelo chão caiam pipocas que ocupavam todo o salão, como para glorificar o senhor da peste.
Todas as Yabás invejaram Iansã naquela noite. Salve aquela que não tem preconceitos. A eterna guerreira do ÓRUM, epahey Oyá! Atotô, meu senhor.

sábado, 15 de agosto de 2020

IEMANJÁ E OMULÚ


SAGRADA MÃE YEMANJÁ 

(Orixá Universal- Trono Feminino da Geração)


Yemanjá é o Trono feminino da Geração e seu campo preferencial de atuação é no amparo à maternidade.


Yemanjá é por demais conhecida e não nos alongaremos ao comentá-la.

O fato é que o Trono Essencial da Geração assentado na Coroa Divina projeta-se e faz surgir, na Umbanda, a linha da Geração, em cujo pólo magnético positivo está assentada a Orixá Natural Yemanjá, e em cujo pólo magnético negativo está assentado o Orixá Omulu.


Yemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água que vivifica e o nosso amado pai Omulu é a terra que amolda os viventes.


Yemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente. Ela se projeta e faz surgir sete pólos magnéticos ocupados por sete Yemanjás intermediarias, que são as regentes dos níveis vibratórios positivos e são as aplicadoras de seus aspectos, todos positivos, pois Yemanjá não possui aspectos negativos.

Estas sete Yemanjás são intermediárias e comandam incontáveis linhas de trabalho dentro da Umbanda. Suas Orixás intermediadoras estão espalhadas por todos os níveis vibratórios positivos, onde atuam como mães da “criação”, sempre estimulando nos seres os sentimentos maternais ou paternais.

Todas atuam a nível multidimensional e projetam-se também para a dimensão humana, onde têm muitas de suas filhas estagiando. Todas têm suas hierarquias de Orixás Yemanjás intermediadoras, que regem hierarquias de espíritos religados às hierarquias naturais.

OFERENDA: Velas brancas; azuis e rosas; champagne, calda de ameixa ou de pêssego, manjar, arroz-doce e melão; rosas e palmas brancas, tudo depositado à beira-mar.


ACHO ESTE PONTO MARAVILHOSO!

IEMANJÁ, aquela super mãe que não pode ver um filho sofrer, nunca desampara um filho seu, seja qual fôr o tormento, é ela quem nos dá colo em nossas provações. Quem tem uma paciência e um amor do tamanho do mar para acolher um filho (mesmo as Iemanjás mais bravas como euzinha!) Acreditem se quiserem, mas euzinha choro ouvindo este ponto, pq considero ele cantando a essência de Iemanjá, que está sempre pronta a socorrer um filho seu, por isto o sincretismo com todas as NOSSAS SENHORAS. 



SAGRADO PAI OMULÚ 
(Orixá Cósmico - Trono Masculino da Geração)

Omulú e Obaluaê


Trecho da Web em destaque

Em termos mais estritos, Obaluaê seria a forma mais jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omolu a sua forma velha. ... Na Umbanda a diferença entre esses Orixás se coloca de forma mais prática. São vistos como Tronos de Deus que subsistem e se manifestam na natureza e na vida através das energias que irradiam.

 

É o orixá que rege a morte, ou no instante da passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne).


É com tristeza que temos visto o temor dos irmãos umbandistas quando é mencionado o nome do nosso amado Pai Omulú. E, no entanto, descobrimos que este medo é um dos frutos amargos que nos foram legados pelos ancestrais semeadores dos orixás em solo brasileiro, pois difundiram só os dois extremos do mais caridoso dos orixás, já que Omulú é o guardião divino dos espíritos caídos. O orixá Omulú guarda para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios emocionais. Mas ele não pune ou castiga ninguém, pois estas ações são atributos da Lei Divina, que também não pune ou castiga. Ela apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne. E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal, mas amparado pela própria Lei, que o recolhe a um dos sete domínios negativos, todos regidos pelos orixás cósmicos, que são magneticamente negativos. E Tatá Omulú é um desses guardiões divinos que consagrou a si e à sua existência, enquanto divindade, ao amparo dos espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a todas as manifestações da vida..

Esta qualidade divina do nosso amado pai foi interpretada de forma incorreta ou incompleta, e o que definiram no decorrer dos séculos foi que Tatá Omulú é um dos orixás mais “perigosos” de se lidar, ou um dos mais intolerantes, e isto quando não o descrevem como implacável nas suas punições.

Ele, na linha da Geração, que é a sétima linha de Umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório com nossa amada mãe Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida. Em Tatá Omulú descobri o amor de Olorum, pois é por puro amor que uma divindade consagra-se por inteiro ao amparo dos espíritos caídos. E foi por amor a nós que ele assumiu a incumbência de nos paralisar em seus domínios, sempre que começássemos a atentar contra os princípios da vida. Enquanto a nossa mãe Yemanjá estimula em nós a geração, o nosso pai Omulú nos paralisa sempre que desvirtuamos os atos geradores.

Mas esta “geração” não se restringe só à hereditariedade, já que temos muitas faculdades além desta, de fundo sexual. Afinal, geramos idéias, projetos, empresas, conhecimentos, inventos, doutrinas, religiosidades, anseios, desejos, angústias, depressões, fobias, leis, preceitos, princípios, templos, etc. Temos a capacidade de gerar muitas coisas, e se elas estiverem em acordo com os princípios sustentados pela irradiação divina, que na Umbanda recebe o nome de “linha da Geração” ou “sétima linha de Umbanda”, então estamos sob a irradiação da divina mãe Yemanjá, que nos estimula.

Mas, se em nossas “gerações”, atentarmos contra os princípios da vida codificados como os únicos responsáveis pela sua multiplicação, então já estaremos sob a irradiação do divino pai Omulú, que nos paralisará e começará a atuar em nossas vidas, pois deseja preservar-nos e nos defender de nós mesmos, já que sempre que uma ação nossa for prejudicar alguém, antes ela já nos atingiu, feriu e nos escureceu, colocando-nos em um de seus sombrios domínios. Ele é o excelso curador divino pois acolhe em seus domínios todos os espíritos que se feriram quando, por egoísmo, pensaram que estavam atingindo seus semelhantes. E, por amor, ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação, nós mesmos tenhamos nos curado para retomarmos ao caminho reto trilhado por todos os espíritos amantes da vida e multiplicadores de suas benesses.

Todos somos dotados dessa faculdade, já que todos somos multiplicadores da vida, seja em nós mesmos, através de nossa sexualidade seja nas idéias, através de nosso raciocínio, assim como geramos muitas coisas que tornam a vida uma verdadeira dádiva divina. Tatá Omulú, em seu pólo positivo, é o curador divino e tanto cura alma ferida quanto nosso corpo doente. Se orarmos a ele quando estivermos enfermos ele atuará em nosso corpo energético, nosso magnetismo, campo vibratório e sobre nosso corpo carnal, e tanto poderá curar-nos quanto nos conduzir a um médico que detectará de imediato a doença e receitaria medicação correta.

O orixá Omulú atua em todos os seres humanos, independente de qual seja a sua religião. Mas esta atuação geral e planetária processa-se através de uma faixa vibratória especifica e exclusiva, pois é através dela que fluem as irradiações divinas de um dos mistérios de Deus, que nominamos de “Mistério da Morte”. Tatá Omulú, enquanto força cósmica e mistério divino, é a energia que se condensa em torno do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano para o outro.

Neste caso, ele não se apresenta como o espectro da morte coberto com manto e capuz negro, empunhando o alfanje da morte que corta o fio da vida. Esta descrição é apenas uma forma simbólica ou estilizada de se descrever a força divina que ceifa a vida na carne. Na verdade, a energia que rompe o fio da vida na carne é de cor escura, e tanto pode parti-lo num piscar de olhos quando a morte é natural e fulminante, como pode ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o espírito, que já entrou em desarmonia vibratória porque a passagem deve ser lenta, induzindo o ser a aceitar seu desencarne de forma passiva.

O orixá Omulú atua em todas as religiões e em algumas é nominado de “Anjo da Morte” e em outras de divindade ou “Senhor dos Mortos”. No antigo Egito ele foi muito cultuado e difundido e foi dali que partiram sacerdotes que o divulgaram em muitas culturas de então. Mas com o advento do Cristianismo seu culto foi desestimulado já que a religião cristã recorre aos termos “anjo” e “arcanjo” para designar as divindades. Logo, nada mais lógico do que recorrer ao arquétipo tão temido do “Anjo da Morte”, todo coberto de preto e portando o alfanje da morte, para preencher a lacuna surgida com o ostracismo do orixá ou divindade responsável por este momento tão delicado na vida dos seres.

O culto a Tatá Omulú surgiu entre os negros levados como escravos ao antigo Egito, que o identificaram como um orixá e o adaptaram às suas culturas e religiões. Com o tempo, ele foi, a partir desse sincretismo, assumindo sua forma definitiva, até que alcançou o grau de divindade ligada à morte, à medicina e às doenças. Já em outras regiões da África, este mistério foi assumindo outras feições e outros orixás semelhantes surgiram, foram cultuados e se humanizaram. “Humanizar-se” significa que o orixá ou a divindade assumiu feições humanas, compreensíveis por nós e de mais fácil assimilação e interpretação. Tatá Omulú não vibra menos amor por nós do que qualquer um dos outros orixás e está assentado na Coroa Divina, pois é um dos Tronos de Olorum, o Divino Criador. Atotô, meu pai!

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

AS PIPOCAS DE OMULÚ


OFERENDA REALIZADA EM AGOSTO/2017

Rubem Alves é um construtor de pontes, não com armações de ferro, concreto,  pedras e outros elementos comuns a construção civil. Ele usa as palavras como matéria prima para construir pontes e viadutos que nos levam para lugares onde precisamos ir  e sair do nosso habitat.
E onde Rubem Alves se encaixa no contexto de evolução e transformação?
Primeiro precisamos falar sobre o mês de agosto, quando muitas casas de caridade comemoram o Orixá Obaluayê (Obaluaiê pra alguns) e no qual é geralmente sincretizado com São Roque e com São Lázaro. São Roque, celebrado em 16 de agosto, é o santo católico protetor contra a peste e também o padroeiro dos inválidos e dos cirurgiões.No entanto, mais  que considerá-lo como o Orixá Curador, Obaluayê irradia as vibrações divinas que promovem a evolução contínua de todos os seres e elementos da criação, inclusive transmutando ou modificando de forma positiva todo e qualquer sentimento, pensamento ou energia contrária à nossa evolução. 
E assim,  Rubem Alves nos presenteia com um texto maravilhoso, onde nos leva a outras terras, onde nos insere no mundo do sagrado através de elementos que utilizamos no universo Umbandista.
A Pipoca – por Rubem Alves – Originalmente publicado  – no site Releituras
As comidas, para mim, são entidades oníricas.
Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.
A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível.
A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem.
Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida…). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas.
Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblé…
A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido.
Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.
Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado.
Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!
E o que é que isso tem a ver com o Candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa — voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos.Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.
Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.
“Morre e transforma-te!” — dizia Goethe.
Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem.
Por exemplo: em Minas “piruá” é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: “Fiquei piruá!” Mas acho que o poder metafórico dos piruás é maior.
Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
Ignoram o dito de Jesus: “Quem preservar a sua vida perdê-la-á”.A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.
Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira…
“Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu”.
O texto acima foi extraído do jornal “Correio Popular”, de Campinas (SP), onde o escritor mantém coluna bissemanal.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

OBALUAÊ


O mês de agosto na Umbanda é dedicado a Obaluaê, os terreiros enchem de pipoca e saudão este grande Orixá da Cura, saiba um pouco sobre esta divindade:
Obaluaê é uma flexão dos termos: Oba (rei) – Oluwô (senhor) – Ayiê (terra), ou seja, “Rei, senhor da Terra”. Omulu também é uma flexão dos termos: Omo (filho) – Oluwô (senhor), que quer dizer “ Filho e Senhor”. Obaluaê, o mais moço, é o guerreiro, caçador, lutador. Omulu o mais velho, é o sábio, o feiticeiro, guardião. Porém, ambos têm a mesma regência e influência. No cotidiano significam a mesma coisa, têm a mesma ligação e são considerados a mesa força da natureza.
Obaluaê (ou Omulu) é o Sol, a quentura e o calor do astro rei. É o Senhor das pestes, das moléstias contagiosas, ou não. É o rei da Terra, do interior da Terra, e é o Orixá que cobre o rosto com o Filá (de palha – da - Costa), porque para os humanos é proibido ver seu rosto, pela deformação feita pela doença, e pelo respeito que devemos a este poderosíssimo Orixá.
Obaluaê está no organismo, no funcionamento do organismo. Na dor que sentimos pelo mal funcionamento dos órgãos, ou por uma queda, corte ou queimadura.
Obaluaê rege a saúde, os órgãos e o funcionamento destes. A ele devemos nossa saúde e é comum, nas Casas de Santos, se realizar os Eboris de Saúde, que fazem pra trazer saúde para o corpo doente.
O órgão central da regência de Obaluaê é a bexiga, mas está ligado a todos os outros. Ele trata do interior, fundamentalmente, mas cuida também da pele e de suas moléstias.
Divide com Iansã a regência dos cemitérios, pois ele é o Orixá que vem como emissário de Oxalá (princípio ativo da morte), para buscar o espírito desencarnado. É Obaluaê (ou Omulu) que vai mostrar o caminho, servir de guia para aquela alma.
Obaluaê também é o Senhor da Terra e das camadas de seu interior, para onde vamos todos nós. Daí a ligação que tem com os mortos, pois ele é quem vai cuidar do corpo sem vida, e guiar o espírito que deixou aquele corpo. É por isso que Obaluaê e Omulu gostam de coisas passadas, apodrecidas.
O sol também tem a sua regência. Ele também é o Calor provocado pelo sol quente. Há quem diga que não se deve sair à rua quando o Sol está quente sem a proteção de um patuá, a fim de não correr o riscos e não sofrer a ira de Obaluaê, geralmente fatal.
Obaluaê está presente em nosso dia-a-dia, quando sentimos dores, agonia, aflição, ansiedade. Está presente quando sentimos coceira e comichões na pele.Rege também o suor, a transpiração e seus efeitos. Rege aqueles que tem problemas mentais, perturbações nervosas e todos os doentes.
Está presente nos hospitais, casa de saúde, ambulatórios, postos de saúde, clínicas, sempre próximo aos leitos. Rege os mutilados, aleijados, enfermos. Ele proporciona a doença mas, principalmente, a cura, a saúde. É o Orixá da misericórdia.
Obaluaê é à força da Natureza que rege o incômodo de um modo geral. Rege o mal estar, o enjôo, o mal humor, a intranqüilidade. É o Orixá do abafamento e está presente nele, bem como na má digestão e na congestão estomacal. Gera o ácido úrico e seus efeitos.
Obaluaê está presente em todas as enfermidades e sua invocação, nessas horas, pode significar a cura, a recuperação da saúde.
Dia: segunda feira
Data: 13 ou 16 de agosto;
Metal: chumbo;
Cor: preto e branco e ou preto, branco e vermelho;
Partes do corpo: a pele e os pulmões;
Arquétipo: sóbrios, reservados, generosidade destacada, geniosos, independentes, teimosos, tendência ao masoquismo.
Símbolos: xaxará ou íleo (com que limpa as doenças e os males espirituais)

sábado, 19 de dezembro de 2015

BOA NOITE!


BOA NOITE MENINAS E MENINOS!

No dia 17 foi comemorado o dia de OMULU.

Omolu é o Orixá assentado na Linha da Geração, onde é o Regente do Equilíbrio na Criação Divina. Pai Omulu é o Guardião da Vida. É rigoroso, mas compreensivo, ainda que não o demonstre.
O Orixá Omolu paralisa tudo aquilo que atenta contra os Sentidos da Vida. É a Presença de Deus garantindo a Vida e a Geração. É a profundidade da Terra. As irradiações do Sagrado Pai Omolu garantem o equilíbrio da Criação, pois atraem para o Seu campo todos os seres que se desequilibraram e passaram a atuar de forma desvirtuada, atentando contra qualquer dos Sentidos da Vida. O magnetismo de Omolu é absorvente e suas ondas são alternadas.
Omolu é também o Orixá que rege a morte física, ou seja, o instante seguinte à passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne). Mas Omolu não traz a morte, como alguns parecem imaginar. Na verdade, Ele representa “a morte” daquilo que atenta contra o Sentido da Vida e da Geração, o que é bem diferente. E Omolu também não traz a doença. Ele traz, sim, “a morte” da doença, do desequilíbrio e do vício para viabilizar a restauração da saúde geral dos seres desvirtuados e desequilibrados (saúde espiritual, moral, mental, emocional e física).
Ou seja: Omolu representa “a morte” no sentido de trazer o fim a um estado de doença ou de desequilíbrio e sempre para a preservação da Vida, no sentido mais elevado da palavra. Assim, quem de alguma forma atenta contra a vida do semelhante está “matando” o Sentido da Geração. Tudo isso é atraído para o campo de Pai Omolu, que irá acionar o Seu fator paralisador sobre aquele ser desvirtuado.

Irradiação: Geração
Campo de atuação: Paralisador, gerando Estabilidade e Equilíbrio
Elementos: Telúrico (da Terra)
Cores: Roxo (também branco/preto/vermelho ou branco/preto juntos)
Data comemorativa: 02 de novembro
Dia da semana: Segunda-feira
Sincretismo: São Bento 

FONTE:
http://umbandaeucurto.com/a-religiao/orixas/omulu/#.VnTDhPkrLC0

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A história da dança oriental está intimamente ligada à história dos ciganos. 
Eles vieram da Índia e emigraram até a Espanha, para a região de Andaluzia.


Ontem eu estava na casa da minha filha, com a minha pequena, e à tarde eu dormi, praticamente desmaiei junto com ela, que é muito boazinha, dorme sozinha no berço, super tranquila, e eu dormi, apaguei, aquele sono super pesado. 
Sonhei... que estava viajando, em um lugar que haviam muitas tendas vendendo tecidos, lenços de seda, tinham muitas peças lindas, mas eu ficava admirada por uma em especial, era um lenço, quadrado, de seda, de um amarelo muito bonito com uns desenhos em arabescos pretos bem finos, e as pontas eram de um esfumaçado em preto, eu queria comprar mas a tenda estava vazia o homem que vendia não estava lá. Estavamos eu e mais três mulheres que pareciam ciganas, todas vestíamos saia e uma delas dizia: pega o lenço prá vc. Eu respondia que eu não queria roubar nada, queria comprar. Ela insistia, dizia: pode pegar, acredite, ele tem muito e não vai dar falta e tem um motivo para vc ter gostado do lenço. Eu não pegava, mas ela pegava, dobrava em quatro e colocava dentro da minha saia que tinha um cós bem largo e todas ríamos por termos feito uma travessura, mas ela não parecia ter feito de maldade, e sim para me agradar. Depois, eu me distanciei delas e subi uma escada de pedra, que dava para um mirante também de pedra, todo antigo, parecido com alguns lugares que vi em Roma. Quando eu chegava lá encima eu via um buraco na pedra como se fosse uma entrada e lá dentro estavam sentados um velho de barba branca e um cigano do lado dele e eu achei que eu estivesse atrapalhando, ia descer, mas eles me viram e o cigano veio correndo na minha direção, como se para me impedir de ir embora, quando ele tocou a mão no meu braço eu virei na cigana e saímos dançando uma dança muito bonita, bem dinâmica. Depois, ele dizia que eu não o conhecia, mas ele me conhecia.  Sempre que sonho com um cigano, nunca é em um contexto amoroso, sempre é espiritual e eu vejo o cigano com um protetor. Eu olhava de cima do mirante e via a praça do comércio lá embaixo e dizia que tinha que ir, pq senão meu grupo iria embora e eu iria me perder deles.

Este sonho me passou alegria. O lenço na verdade era nas cores amarelo e preto, estas cores eu uso para a falange dos caveiras e com certeza o simbolismo foi bem forte no sonho, também pelo velho que conversava com o cigano. Devia estar passando algum ensinamento, foi um sonho bem significativo.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

PRECES A OMULÚ


    PRECE DE OBALUAIÊ

Mestre das almas!
Meu corpo está enfermo…
Minha alma está abalada,
Minha alma está imersa na amargura de um sofrimento
Que me destrói lentamente.
Senhor Omolu!
Eu evoco – Obaluaiê
Oh!
Deus das doenças
Orixá que surge, diante dos meus olhos
Na figura sofredora de Lázaro.
Aquele que teve a graça de um milagre
No gesto do Divino Filho de Jesus.
Oh!
Mestre dos mestres
Obaluaiê
Teu filho está enfermo…
Teu filho se curva, diante da tua aura luminosa.
Na magia do milagre,
Que virá de tuas mãos santificadas pelo sofrimento…
Socorre-me…
Obaluaiê…
Dai-me a esperança da tua ajuda.
Para que me encoraje diante do martírio imenso que me alucina,
Faças com que eu não sofra tanto – Meu Pai
Senhor Omolu!
Tu és dono dos cemitérios,
Tu que és sentinela do sono eterno,
Daqueles que foram seduzidos ao teu reino.
Tu que és guardião das almas. que ainda não se libertou da matéria,
Ouve a minha súplica, atende ao apelo angustioso do teu filho.
Que se debate no maior dos sofrimentos.
Salve-me – Irmão Lázaro.
Aqui estou diante da tua imagem sofredora,
Erguendo a derradeira prece dos vencidos,
Conformado com o destino que o Pai Supremo determinou.
Para que eu suplicasse minha alma no maior dos sofrimentos.
Salve minha alma desse tormento que me alucina.
Tome meu corpo em teus braços.
Eleva-me para teu reino.
Se achares porém, que ainda não terminou minha missão neste planeta,
Encoraja-me com exemplo da tua humildade e da tua resignação.
Alivia meus sofrimentos, para que levante deste leito e volte a caminhar.
Eu te suplico, mestre!
Eu me ajoelho diante do poder imenso,
De que és portador.
Invoco a vibração do Obaluaiê.
A – TÔ – TÔ, Meu Pai.
Obaluaiê,
Meu Senhor, ajude-me


Estrela_davi1




Oração a Obaluaiê



Atotô, Atotô,
Meu pai Obaluaiê.
Salve, querido pai da vida
E da riqueza.
Eu venho a vós, humildemente, e com todo respeito,
Senhor, lhe peço
(faça o seu pedido)
Oh, grande Obaluaiê, se meus
Pedidos forem injustos e
Não merecidos, não me puna, Pai.
Não deixe que caia
Sobre mim a sua ira.
Mas dê a mim o que
For de meu merecimento.
Senhor da lama e do ouro.
Pai de todo Ayê,
Que as suas bênçãos
Me livrem de todos os males.
De todas as dores,
De todas as doenças.
De todas as pestes, moléstias
E perseguições.
Ilumine, Obaluaiê, a minha vida,
Minha consciência
E que a sua justiça seja
Sempre minha companheira.
Proteja-me, Pai, Atotô. Axé. 



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Prece à Obaluayê



Mestre das almas!
Meu corpo está enfermo...
Minha alma está abalada,
Minha alma está imersa na amargura de um sofrimento
Que me destrói lentamente. 



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Eu evoco - Obaluayê! Deus das doenças!
Orixá que surge, diante dos meus olhos
Na figura agraciada de São Lázaro.
Aquele que teve a bênção de voltar da morte
No gesto do Divino Filho, Jesus, o Cristo Salvador.
Mestre dos mestres Obaluayê
Teu filho está enfermo...
Teu filho se curva, diante da tua aura luminosa.
Com fé no milagre da cura,
Que virá de tuas mãos santificadas pelo sofrimento...
Socorre-me... Obaluayê...
Dai-me a esperança da tua ajuda.
Para que me encoraje diante do martírio imenso que me alucina,
Faças com que eu não sofra tanto
Meu Pai, Senhor Omolu!
Tu és dono dos cemitérios,
Tu que és sentinela do sono eterno,
Daqueles que foram seduzidos ao teu reino.
Tu que és guardião das almas que ainda não se libertaram da matéria,
Ouve a minha súplica, atende ao apelo angustioso do teu filho
Que se debate no maior dos sofrimentos.
Salve-me - São Lázaro abençoado!
Aqui estou diante da tua imagem inspiradora,
Erguendo a derradeira prece dos vencidos,
Com arrependimento reconheço meus pecados,
Com resignação aceito minha sina,
com fé apelo pela cura.
Salve minha alma desse tormento que me alucina.
Tome meu corpo em teus braços e o liberta da dor.
Se achares porém, que ainda não terminou meu aprendizado,
Encoraja-me com exemplo da tua humildade e da tua resignação e me ensina a conviver com a dor.
Até ter o merecimento da libertação
Alivia meus sofrimentos, para que levante e volte a caminhar na Luz, nas Virtudes e no Belo.
Eu te suplico, mestre!

Eu me ajoelho diante do teu poder e te louvo com ardor.
Que Obaluayê seja invocado e louvado
A - TÔ - TÔ, Meu Pai.
São Lázaro amado
Obaluayê. Obaluayê. Obaluayê.


Agradecido
(Fale seu nome completo três vezes ou da pessoa que quer que seja curada)

ORAÇÃO A SÃO ROQUE

Protetor contra a peste, o contágio e a poluição 

(16 de agosto)

São Roque, que vos dedicastes com todo o amor aos doentes contagiados pela peste, embora também a tenhais contraído, daí-nos paciência no sofrimento e na dor. São Roque, protegei não só a mim, mas também aos meus irmãos e irmãs, livrando-nos das doenças infecciosas.
Por isso, hoje, rezo especialmente por uma pessoa muito querida (dizer o nome da pessoa), para que fique livre do seu mal. Enquanto eu estiver em condições de me dedicar aos meus irmãos, proponho-me ajuda-los em suas reais necessidades, aliviando um pouco o seu sofrimento.
São Roque, abençoai os médicos, fortalecei os enfermeiros e atendentes dos hospitais e defendei a todos da doenças e do perigos. Amém. 


RETIRADO DAQUI:

http://centropaijoaodeangola.com.br/omulu_obaluaie_94.html

OMULU OBALUAIÊ



Cura de Doenças, Saúde, Vida e Morte


Omulú ou Obaluaiê, também conhecido como o Orixá das doenças ou da varíola e outras doenças contagiosas, é muito respeitado, mas dizem que dele deve-se manter uma certa distância. Obaluaiê é a forma jovem do Orixá, enquanto Omulú é a sua forma mais velha. A figura de Omulú é completamente cercada de mistérios e dogmas, sendo-lhe atribuído o controle sobre as doenças, especialmente as epidemias. Omulú representa a terra e o sol, aliás, ele é o próprio sol, por isso usa uma coroa de palha que tapa o seu rosto, porque sem ela as pessoas não poderiam olhar para ele. Ninguém pode olhar o sol diretamente.

Está fortemente relacionado com os troncos e os ramos das árvores. A sua matéria de origem é a terra e, como tal, ele é o resultado de um processo anterior. Relaciona-se também com os espíritos contidos na terra. O seu poder está extraordinariamente ligado à morte. Omulú é o orixá que rege a morte, ou o instante da passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne). O orixá Omulú guarda para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios emocionais. Mas ele não pune ou castiga ninguém, pois estas ações são atributos da Lei Divina, que também não pune ou castiga. Ela apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne. E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal, mas amparado pela própria Lei, que o recolhe a um dos sete domínios negativos, todos regidos pelos orixás cósmicos, que são magneticamente negativos. E Tatá Omulú é um desses guardiões divinos que consagrou a si e à sua existência, enquanto divindade, ao amparo dos espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a todas as manifestações da vida. Esta qualidade divina desse amado orixá foi interpretada de forma incorreta ou incompleta, e o que definiram no decorrer dos séculos foi que Tatá Omulú é um dos orixás mais "perigosos" de se lidar, ou um dos mais intolerantes, e isto quando não o descrevem como implacável nas suas punições. Ele, na linha da Geração, que é a sétima linha de Umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório com nossa amada mãe Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida. Na verdade, ele é o excelso curador divino pois acolhe em seus domínios todos os espíritos que se feriram quando, por egoísmo, pensaram que estavam atingindo seus semelhantes. E, por amor, ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação, nós mesmos tenhamos nos curado para retomarmos ao caminho reto trilhado por todos os espíritos amantes da vida e multiplicadores de suas benesses. Todos somos dotados dessa faculdade, já que todos somos multiplicadores da vida, seja em nós mesmos, através de nossa sexualidade seja nas idéias, através de nosso raciocínio, assim como geramos muitas coisas que tornam a vida uma verdadeira dádiva divina.
Omulú, em seu pólo positivo, é o curador divino e tanto cura alma ferida quanto nosso corpo doente. Se orarmos a ele quando estivermos enfermos ele atuará em nosso corpo energético, nosso magnetismo, campo vibratório e sobre nosso corpo carnal, e tanto poderá curar-nos quanto nos conduzir a um médico que detectará de imediato a doença e receitará a medicação correta. O orixá Omulú atua em todos os seres humanos, independente de qual seja a sua religião. Mas esta atuação geral e planetária processa-se através de uma faixa vibratória especifica e exclusiva, pois é através dela que fluem as irradiações divinas de um dos mistérios de Deus, que nominamos de "Mistério da Morte". Enquanto força cósmica e mistério divino, Omulu é a energia que se condensa em torno do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano para o outro . 
                           
Omulu (São Lázaro/São Roque)

Dono do cemitério. Comanda a linha das Almas e também dos Exús e Pombas-gira que trabalham sob a força do cemitério.


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Mitos de Obaluaiê/Omolu
  • Por causa do feitiço usado por Nanã para engravidar, Omolú nasceu todo deformado. Desgostosa com o aspecto do filho, Nanã abandonou-o na beira da praia, para que o mar o levasse. Um grande caranguejo encontrou o bebê e atacou-o com as pinças, tirando pedaços da sua carne. Quando Omolú estava todo ferido e quase morrendo, Iemanjá saiu do mar e o encontrou. Penalizada, acomodou-o numa gruta e passou a cuidar dele, fazendo curativos com folhas de bananeira e alimentando-o com pipoca sem sal nem gordura até o bebê se recuperar. Então Iemanjá criou-o como se fosse seu filho.
  • Omolú tinha o rosto muito deformado e a pele cheia de cicatrizes. Por isso, vivia sempre isolado, se escondendo de todos. Certo dia, houve uma festa de que todos os Orixás participavam, mas Ogum percebeu que o irmão não tinha vindo dançar. Quando lhe disseram que ele tinha vergonha de seu aspecto, Ogum foi ao mato, colheu palha e fez uma capa com que Omulú se cobriu da cabeça aos pés, tendo então coragem de se aproximar dos outros. Mas ainda não dançava, pois todos tinham nojo de tocá-lo. Apenas Iansã teve coragem; quando dançaram, a ventania levantou a palha e todos viram um rapaz bonito e sadio; e Oxum ficou morrendo de inveja da irmã, que Omolu recompensou dividindo com ela o poder de controlar eguns (espíritos dos mortos).
  • Quando Obaluaiê ficou rapaz, resolveu correr mundo para ganhar a vida. Partiu vestido com simplicidade e começou a procurar trabalho, mas nada conseguiu. Logo começou a passar fome, mas nem uma esmola lhe deram. Saindo da cidade, embrenhou-se na mata, onde se alimentava de ervas e caça, tendo por companhia um cão e as serpentes da terra. Ficou muito doente. Por fim, quando achava que ia morrer, Olorum curou as feridas que cobriam seu corpo. Agradecido, ele se dedicou à tarefa de viajar pelas aldeias para curar os enfermos e vencer as epidemias que castigaram todos que lhe negaram auxílio e abrigo.        

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OMOLU-OBALUAÊ

Os filhos de Omolú são pessoas extremamente pessimistas e teimosas que adoram exibir os seus sofrimentos, daqueles que procuram o caminho mais longo e difícil para atingir algum fim.


Deprimidos e depressivos, são capazes de desanimar o mais otimista dos seres; acham que nada pode dar certo, que nada está bom. às vezes, são doces, mas geralmente possuem manias de velho, como a rabugice.

Gostam da ordem, gostam que as coisas saiam da maneira que planearam. Não são do tipo que levam desaforo para casa e se se sentirem ofendidos respondem no ato, não importa a quem. Pensam que só eles sofrem, que ninguém os compreende. Não possuem grandes ambições.

Podem apresentar doenças de pele, marcas no rosto, dores e outros problemas nas pernas. São pessoas sem muito brilho, sem muita beleza. São perversos e adoram irritar as pessoas; são lentos, exigentes e reclamam de tudo.

São reprimidos, amargos e vingativos. É difícil relacionar-se com eles. Parece que os filhos de Omolú são pessoas que possuem muitos defeitos e poucas qualidades, mas eles têm várias, e uma qualidade pode compensar qualquer defeito: são extremamente prestáveis e trabalhadores. São amigos de verdade.

                                          
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    Comida para Omulu e Obaluayiê
    Doburu
    Material Necessário: Milho Alho ( para pipoca ) ou milho vermelho, Areia da praia

    Maneira de Fazer:
    Numa panela quente com areia da praia, estourar o milho e está pronto o doburu. 


    Outras Comidas:
    Material Necessário: Feijão Preto, Cebola, 1/2 K de Camarão Seco, Azeite-de-dende

    Maneira de Fazer:
    Cozinha-se o feijão preto, só em água, e depois refoga-se cebola ralada, camarão seco e Azeite-de-Dendê.
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PatOmulu



GuiaOmulu

Guias e Pátuas de Omulu.


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                                       Vestes dos Orixás
                                         
    Obaluayê quer dizer rei e dono da terra. Sua veste é de palha e esconde o segredo da vida e da morte, ao mesmo tempo em que representa a reafirmação da ancestralidade, eternização e transcendência. Rege a saúde.



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    Saudação= Atotô Baluaê, Omulu é Orixá
    Seu Dia = segunda-feira
    Sua morada = Cemitério.
    Símbolo = Palha da costa
    Sua cor = Preta e branca
    Sua bebida= Vinho tinto, dendê

FONTE: RETIRADO DAQUI:

http://centropaijoaodeangola.com.br/omulu_obaluaie_94.html

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