Bom dia meninas e meninos!
O cerne do caruncho (do fungo ou de qualquer outro invasor que inviabilize a germinação) está todo o tempo dentro da semente. Basta que hajam condições para que eles se desenvolvam e ganhem força (nutrição e multiplicação) e assim destruam a semente e toda a sua capacidade também original de germinar e propagar a espécie.
No início tudo pode estar em equilíbrio, ainda que este início possa ser de pequena, média ou longa duração. Mas são as condições oferecidas (existentes) que irão determinar para que polaridade o futuro seguirá. Algumas vezes as condições são muito favoráveis à perpetuação da espécie, outras vezes nem tanto ou quase zero.
As sementes são exatamente como nós humanos, dentro de nós já temos tudo: a paz, o amor, a misericórdia, a alegria, a fé, a compaixão, a empatia, o perdão, a harmonia, o silêncio, a oração. Basta que surja uma oportunidade e muitos de nós prontamente respondemos com este manancial de sentimentos e ações do bem. Mas também temos dentro de nós o cerne do medo, do ciúmes, do egoísmo, do desamor, da falta de fé (ansiedade) e assim por diante.
Qual a qualidade vibracional que alimentamos, nutrimos e permitimos que se desenvolva, cresça, se multiplique e finalmente nos contagie e nos faça transbordar? A qual aspecto doamos nosso tempo, atenção, ação?
"As sementes e sua trajetória na direção da vida ou da morte são uma metáfora do dilema que vive a humanidade. Elas contém em si o arquétipo da vida. Por essa razão são citadas em forma simbólica na doutrina das mais diversas religiões’. As sementes são portadoras de vida, são a esperança de prosperidade, são alimento e entendimento ao mesmo tempo’.
Assim são nossas crianças, nossos anseios, nossos projetos e nós mesmos...
‘Jesus nos trouxe muitas imagens do mundo espiritual através das sementes, como quando compara o poder do pensamento humano à minúscula semente de carvalho, que, sendo do tamanho de uma mostarda, pode se transformar naquela gigantesca árvore; ou quando conta a parábola do plantio e da colheita, estabelecendo a relação entre causa e efeito: se plantarmos hoje a boa semente, amanhã colheremos saúde, amor, abundância e paz’.
E, uma semente que não recebe água, solo, calor e luz (nas dosagens adequadas de cada momento: estocagem ou germinação) perde seu poder germinativo, perde sua razão de ser.
Da mesma forma, um ser humano que não recebe (ou não se permite) estas mesmas formas de nutrição da existência, também perde seu poder de expansão espiritual, perde sua razão de ser e de existir na luz...
‘As sementes querem se multiplicar, se espalhar, gerar fartura e alegria na família humana. Têm uma ânsia contida de germinar após o beijo da água, trazer o verde e anunciar bonança e prosperidade para cidades, aldeias e ecovilas. As sementes serão novamente moeda de troca, subvertendo os atuais meios de produção, onde, como nós, vivem escravizadas.
Trigo, quinoa, amaranto, alpiste, lentilha, gergelim, feijão, milho, centeio, cevada, amendoim, mostarda, trevo, alfafa, arroz, grão-de-bico, painço, colza - levantai-vos! Venham em nosso socorro! Estamos cansados e doentes, e vocês carregam dentro de si a origem da vida, a essência da cura! Com seu poder silencioso, guardiãs de uma nova era, permaneceram caladas e agora podem ressurgir, prontas a determinar uma nova ordem colaborativa e um novo consumo consciente’.
Da mesma forma somos nós Marias, Joãos, Maras, Cleuzas, Carlos, Anas, Paulos e Aparecidas! Quanta vitalização e criatividade rapidamente nos proporciona uma alimentação em harmonia com o reino vegetal, a gratidão para com a natureza e todos os seus elementais. Tudo isso gera e ilumina!
As sementes são nutridoras, reprodutivas, multiplicadoras, amorosas, mantenedoras e curadoras. São delicadas, frágeis e dependentes de nossos cuidados, respeito, atenção. Mas ao mesmo tempo têm a força e o poder da regeneração, da multiplicação. O poder de transformar-se em brotos, seus brotos transformarem-se em verdes hastes, em frutos e alimentos para toda a humanidade.
Haja força e poder: sustentar toda a vida, no e do planeta terra. Mas elas dependem da consciência e da valorização do ser humano, o que a elas não falta...
As sementes estão para a terra assim como para as mãos do homem. Podemos ter nas mãos um punhado de sementes e fazê-las tornar-se um jardim, um pomar, uma horta, um trigal dourado.
Assim somos nós humanos, tão frágeis e vulneráveis, tão medrosos de sairmos da caverna, das zonas de conforto, de germinar, brotar e crescer. Mas ao mesmo tempo somos potencialmente amorosos e poderosos. Quando conseguimos brotar e gerar muitos frutos, perdemos o medo da ‘falta’, nossa fé torna-se incondicional na abundância.
Da mesma forma, cuidemos de nossas vidas, elas são nossas e estão sempre prontas para carunchar, embolorar ou vibrar no amor, na evolução e na paz!
Pratiquemos o acordar de nossas sementes, o nosso florescer!
Nós somos sementes e deixamos sementes...
Uma ótima quarta feira para todos nós!