quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

DEUSA BASTET


Na mitologia Egípcia Bastet, Bast, Ubasti, Ba-en-Aset ou Ailuros (palavra grega para "gato") é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protetora das mulheres grávidas. Também tinha o poder sobre os eclipses solares. Quando os gregos chegaram no Egito, eles associaram Bastet com Artemis e ela deixou de ser a deusa do sol para ser a deusa da lua.
A deusa está presente no panteão desde a época da II dinastia. Era representada como uma mulher com cabeça de gato, que tinha na mão o sistro, instrumento musical sagrado. Por vezes, tinha na orelha um grande brinco, bem como um colar e um cesto onde colocava as crias. Podia também ser representada como um simples gato.
Era a esposa de Ptah, com quem foi mãe de Nefertum e Mihos. A esta deusa é tradicionalmente consagrado o dia 15 de abril.
Na sua forma primitiva era representada como uma mulher com cabeça de leoa, que levava numa das suas mãos a cruz ankl, símbolo da vida e na outra, um cetro. Mais tarde, adota a iconografia de uma gata. Esta gata aparece então, majestosamente erguida sobre suas patas traseiras e adornada com jóias, ou como uma mulher com cabeça de gata.
Quando se apresenta na forma de gata, esta deusa está ligada à Lua (seu filho Khensu, era o deus da Lua). Quando representada na forma de leoa é associada à luz solar. Bastet também é conhecida como a "Senhora do Leste", enquanto que Sehkmet é a "Senhora do Oeste". Bastet é esposa e irmã do deus Sol e a alma da IsisBastet era sempre representada com uma ninhada de gatinhos a seus pés para simbolizar a fertilidade. 
A Deusa-Gata foi uma das divindades mais veneradas no antigo Egito. Ela representava o lado poderoso, luminoso e acalorado do sol. Nas festas dedicadas a Bast, as ruas enchiam-se de música, dança e brincadeiras bem-humoradas. Seus seguidores adoravam comidas doces, como bolos de mel, passas e frutas.
Bastet então tornou-se a deusa dos festivais e do vinho. 
Em meados de abril, as sacerdotisas de Bastet, desciam o rio Nilo, anunciando as festividades em homenagem a Deusa. Para tanto usavam uma espécie de sino de metal, que mais tarde foi substituído pelos snujs (as castanholas árabes), acredita-se também que ao se dançar com os snujes, a bailarina purifica o ambiente, espantando os mal espiritos.


No Antigo Egito, o gato doméstico, trazido do sul ou do oeste por volta do ano de 2.100 a.e.C., é considerado um ser divino, de tal ordem que, se um deles morrer de morte natural, as pessoas da casa raspam as sobrancelhas em sinal de luto. 
No Templo de Luxor, cães e gatos, viviam em paz. Os egípcios não olhavam para eles com olhar indiferente ou compassivo. "Estes seres", diziam eles, "são receptáculos da alma. Não tem necessidade de conhecer os espíritos, porque eles são os  espíritos".

O gato, tão amado pelos egípcios, não era apenas um felino ardiloso e inteligente. É também a encarnação de , de Hathor e de Bastet. O símbolo do gato preto era utilizado pelos médicos egípcios para anunciar a sua capacidade de cura.
Todo aquele que matasse um gato no Egito, recebia sentença de morte
No santuário de Bastet, em Bubástis, foram encontrados milhares de gatos mumificados, assim como inúmeras efígies de bronze que provam a veneração a esse animal. Em seu templo naquela cidade a Deusa-Gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo.
O gato é um símbolo que assumiu múltiplos significados entre as diferentes civilizações. Segundo uma tradição celta, ele teria nove vidas. Posteriormente, durante a Idade Média, o gato passou a ter apenas sete vidas. Animal misterioso associado aos poderes da Lua, ao mundo da magia e às bruxas.
"Eu sou Bast, a Deusa Gato do Egito. Graciosa, sinuosa, brincalhona e afetuosa. Irradio o calor e a luz do glorioso Sol." Algum admirador desconhecido escreveu esse pequeno poema para Bast, também conhecida como Bastet.


Bastet é considerada a protetora dos felinos.
“Os Olhos de Bastet podem ver através da escuridão. Nada lhe passa desapercebido”.


Fonte: Magia Zen, Os olhos de Bastet, Rosane Volpato

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