sexta-feira, 2 de outubro de 2015

HINDUISMO E DEUSES VÉDICOS


Os arianos védicos adoravam as forças da natureza e assim teve início o culto animístico entre eles, isso trouxe a visão da natureza animada e inteligente. Os fenômenos naturais exerciam enorme influencia na vida exterior e no universo interior desses povos. Como os fenômenos eram inexplicáveis e assustadores foram criadas para eles personalidades individuais, características, formas, égides e domínios para que pudessem ser invocados pelas pessoas como entidades divinas. E assim os fenômenos naturais assumiram gradualmente formas humanas, frutos da imaginação coletiva para poder identificar os objetos de sua devoção, louvar e eventualmente aplacar sua ira. A seguir vamos apresentar alguns dos principais deuses védicos.

A TRINDADE VÉDICA - Inicialmente a divina trindade védica se constituía dos deuses Agni, Indra e Surya. Porém vários mitos da criação se referem a Projapati, como do deus criador  do universo, do mundo e de todos os deuses. Dyaus era o nome do céu e Prithivi da Terra e também eram considerados os pais de todos os seres e de todos os deuses.

AGNI -  O fogo sagrado e sacrificial foi personalizado como Agni, e é considerado como o mensageiro luminoso entre os homens e os deuses. Suas labaredas levam às intenções, os desejos, as orações e os sacrifícios dos homens para o céu na esperança de receber graças. Ele é representado com dois ou sete braços, duas cabeças e três pernas. Das duas bocas saem chamas como línguas ardentes, e estas lambem a manteiga clarificada “ghee” oferecida a ele nos rituais. A manteiga clarificada simboliza a purificação da mente. Nas gravuras e estatuas Agni aparece montado em um carneiro ou dentro de uma carruagem puxada por cavalos de fogo. Seus atributos são o machado que abate para recriar, a tocha do fogo transmutador, e a lança flamejante que indica caminhos de transformação.

INDRA - Ele é senhor de todos os elementos naturais, da fertilidade da terra e da chuva. Seus domínios são os céus. Sempre que a seca avassala a terra e ameaça as populações com a fome e a sede Indra é invocado para que envie as chuvas redentoras. Indra o senhor dos exércitos de devas e elementais do ar comanda inúmeros seres mágicos que produzem sons celestiais e organizam e formam as nuvens. Estas por sua vez trazem as chuvas que eliminam os danos da estiagem. Ele é representado montado em um elefante que possui três trombas e quatro presas. O deus tem quatro braços e seus atributos são a espada que defende do mal e ceifa para  transformar, o arco e as flechas que indicam a intenção e a determinação, um cetro como símbolo do seu poder e um “vajra” curador. Interessante ressaltar que no Tibet o “vajra” já era e é utilizado através dos tempos nos rituais de cura tântrica, trata-se de um objeto que simboliza a união das polaridades, Indra é retratado algumas vezes com dois braços apenas e olhos por todo o corpo.


SURYA - O Deus Sol – É adorado como o criador do universo e aquele que engendrou Yama e Yami as primeiras criaturas humanas sobre a Terra. Os seres correspondentes a Adão e Eva na mitologia judaico cristã. Surya  também é conhecido como Savita. Ele percorre os céus sentado em uma carruagem dourada, puxada por sete cavalos ou por um só cavalo com sete cabeças. Ele é todo dourado e traz na cabeça uma coroa e atraz dele um resplendor. É representado com duas mãos, em cada uma delas carrega uma flor de lótus ou então com quatro braços e mãos, carregando delas uma flor de lótus, um disco que gira em velocidade (chakra), um búzio e numa delas faz o “abaya mudra”, o gesto que significa “não tema”. No hinduísmo moderno Surya ocupa uma posição pouco significativa. Ele está entre os deuses associados aos planetas e estrelas. Atualmente Surya vem sendo cada vez mais assimilado por Vishnu.


SOMA – O deus do êxtase. Soma rege a mente humana e  produz “amrita” que é o alimento dos deuses. Ele é filho de Varuna, o senhor dos oceanos que lhe ofereceu o posto de deus da lua. Os 36.000 deuses se alimentam da “amrita” produzida por Soma durante um mês, e o fazem para poder conservar sua imortalidade. Isso enfraquece muito o deus Soma seu corpo diminui aos poucos até que ele definha (as fases da lua). Então, Surya, o deus Sol aquece os oceanos, e as águas vão até Soma como vapor hidratante e então as suas forças são restituídas. E assim, ele volta a crescer e a produzir amrita um processo contínuo. Ele também é conhecido pelo nome de Chandra. É representado sentado numa flor de lótus sobre uma carruagem prateada que tem a forma de dois cornos, e é puxada por um antílope. O deus tem dois braços e com a mão esquerda abençoa enquanto a outra ergue um cetro, símbolo do seu poder


VARUNA – Inicialmente era considerado o regente da ordem cósmica. Seu olho único era o sol e sua respiração os ventos. Reza o mito que depois de uma batalha entre os deuses os vencedores definiram outra hierarquia e nova ordem de importância e regência, e a Varuna coube apenas os oceanos, o que não é pouco, pois corresponde a setenta por cento do planeta Terra. Ele é representado montado sobre o lombo de um monstro marinho chamado Mekara, metade uma mistura de peixe, tartaruga e antílope. Tem três ou quatro braços e seus atributos são a serpente significando a sinuosidade das águas do mar e o laço semelhante ao ANK egípcio simbolizando a trajetória do homem na busca de si mesmo.

VAYU- O deus dos ventos, é também chamado Vata, o purificador. Nos hinos védicos ele é descrito como infinitamente belo. Quando se locomove em sua carruagem celeste puxada com cem cavalos brancos faz muito ruído e vai limpando a atmosfera e renovando a vida permitindo que as semente se espalhem e as colheitas seja abundantes. Vayu tem como atributos  dois estandartes brancos.

YAMA – O Deus da morte foi em princípio o primeiro mortal. Foi morrendo que ele encontrou o mundo dos mortos, e desde então é quem guia todos os seres depois da morte para o seu reino invisível. Yama é também o deus que arbitra a morte, define dia, hora e maneira de cada ser vivo morrer. Nas ilustrações ele é representado com a pele verde e as vestes vermelhas. Está montado sobre um búfalo ou um touro preto, e tem dois braços e duas mãos. Com uma das mãos faz o mudra da ausência de medo e na outra carrega uma borduna simbolizando  a coragem e o destemor. 

VISHVAKARMA -  No panteão védico é o criador de todos os deuses e de todas armas, atributos e veículos usados por eles. Ele criou o universo e todas as coisas vivas, e por isso, cuida delas e as protege. Ele é o patrono dos artesãos, dos músicos e de todos os artistas. É representado sentado num trono e em volta do espaldar do seu assento estão representadas várias ferramentas e pincéis. Tem quatro braços e quatro mãos numa mão inferior carrega um livro simbolizando o conhecimento. Na numa outra carrega um jarro com água simbolizando as águas do oceano primordial, a água da vida Nas mãos superiores ele sustenta uma flauta simbolizando o som criador e um cetro símbolo do seu poder.


KUBERA -  Nos Vedas ele é citado como o senhor dos “yakshas” espíritos que guardam os tesouros terrestres. É o guardião dos Ponteiros do Compasso com o qual foi desenhado o mundo. É o deus da riqueza material da prosperidade e da abundância. Ele é representado sentado num trono ricamente decorado, coberto de jóias e trazendo uma coroa cravejada de pedras preciosas na cabeça.Tem dois braços e duas mãos e seus atributos são um mangusto, o animal imune ao veneno que simboliza a proteção contra a inveja, uma borduna, simbolizando a luta pela sobrevivência, uma romã, símbolo de abundância, um jarro d’água simbolizando a vida e um saco com moedas, a riqueza.

FONTE:
http://mitologiacomentada.blogspot.com.br/p/hindu.html

2 comentários:

  1. Fantástico!
    Rosa, fiquei emocionada. Pq vejo como um sinal tão claro da espiritualidade. Gratidão imensa!





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    Respostas
    1. Eu tbem fiquei emocionada e feliz pq é um sinal não só para vc, mas para todos... de que estamos indo no caminho certo. Namastê!

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