Vamos resgatar um pouco da história. Antigamente, o homem materialista mais ligado aos aspectos físicos, buscou entender a verdadeira finalidade de sua existência, como já vimos em textos anteriores. Em virtude da necessidade de se religar com o Criador, buscou diferentes formas de contato. Uma das formas encontrada para a reaproximação com o Divino foi através da música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos foram incluídos nos rituais, sendo comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior. Desta forma, temos os Pontos Cantados na Umbanda, os mantras indianos, os Cantos Gregorianos da Igreja Católica, ou os Cantos de Louvor à Deus dos Protestantes.
O Ponto Cantado é uma prece, ou invocação das diferentes Falanges para as atividades ritualísticas no Centro de Umbanda. A harmonia dos sons é muito importante, pois gera uma vibração que facilita a vinda das Entidades de Luz, necessárias para os trabalhos, sendo uma verdadeira força mágica na Umbanda.
Na verdade, os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás dos Pontos Cantados que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provocam, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.
Os Pontos Cantados são evocações, em forma de pequenas histórias cantadas ou orações, contando quem é o Guia e/ou Orixá, sua forma de atuação, sua força diante das dificuldades, sua relação com os Orixás, um chamamento de um filho que procura ajuda ou proteção, entre outras colocações de festividade e manifestação de fé.
Outra função dos Pontos, ao serem cantados, é fazer descarregar e fluir as emoções dos médiuns em vibrações relacionadas com seus Guias e/ou seus Orixás, permitindo assim, um perfeito entrosamento e equilíbrio dos médiuns em seu trabalho.
Os Pontos Cantados podem ser de diversos tipos, a saber:
– Abertura ou licença para iniciar a gira, onde se pede a proteção dos Orixás, reforçando a ação dos sentinelas do templo, que são os Exus e os Caboclos, que formam uma espécie de cordão de isolamento permitindo a entrada apenas de Espíritos de Luz, e no momento certo, de espíritos necessitados de ajuda, mas que permanecem sobre seus controles.
– De Bate-Cabeça, que é a saudação ao Congá, visando a proteção para os trabalhos mediúnicos.
– Defumação e limpeza do Centro.
– Louvação e também conexão com as Entidades e/ou Orixás, que são Pontos Cantados para a chegadas das linhas de trabalho na Umbanda. Existem hinos específicos cantados para cada uma das linhas.
– Quebra de demanda.
– Abertura de caminhos.
– Despedida da Entidade, que não são apenas uma despedida da Entidade. Como os pontos fazem parte da magia da Umbanda, os pontos de subida servem para dar mais firmeza aos médiuns e auxiliando a Entidade a concluir seu trabalho, seja um descarrego, uma cura, ou qual seja sua missão.
– Fechamento da Gira, que serve para reequilibrar os chacras dos médiuns e prepará-los a voltarem às atividades cotidianas.
É preciso sempre ter em mente que os pontos cantados na umbanda são parte integrante de sua magia. Desta forma, os Pontos Cantados, por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio às Entidades, que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.
FONTE:
https://casaespiritadeoxossicedo.wordpress.com/2015/01/29/a-importancia-dos-pontos-cantados/
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