sábado, 28 de setembro de 2019

ERÊ

Erê é uma palavra originária do yorubá e tem o significado de diversão e brincadeiras, contrário ao que muitos acham quando associam sua tradução com criança. Quando eles surgem no terreiro é a mais bela e verdadeira expressão de festa e alegria, seu sorriso é contagiante e sua energia é a mais pura a ser notada, pois eles veem o existir como uma grande benção.
Quem são os Erês
Erês são guias, e tanto na Umbanda como no Candomblé são estereotipados como crianças, porque é exatamente essa sensação que eles passam com toda sua pureza. Só que na verdade eles são seres encantados, então nunca passaram pela experiência do existir humana.
A missão de cada Erê é a de intermediar o contato entre as pessoas e os Orixás (já que eles não falam), eles são o ponto exato entre a nossa consciência humana e o inconsciente do Orixá. No Candomblé, os Erês auxiliam os iniciados sendo os portadores das mensagens dos Orixás aos seus filhos.
Esses seres de Luz trazem a energia de renovação, enchem as almas de esperança e empolgação por tudo que é novo, pois eles sabem que são nas incertezas que se pode encontrar as melhores respostas.
Pense desta forma: se as coisas não foram como imaginava até esse ponto de sua vida, isso é um sinal de que você precisa mudar de rota, não é mesmo? Então se apegue às vibrações desses guias e permita que a juventude e motivação percorram seu ser e te leve para melhores caminhos.

As características dos Erês

Esses encantados têm seus espíritos como os de qualquer criança, esbanjam disposição e sinceridade e por isso, necessitam de pessoas que os possam controlar sabiamente, para que eles consigam se concentrar na missão a qual foram enviados.
Uma festa de Erê promete transmitir uma energia única para quem a frequenta, é realmente um banho de renovação e ânimo para todos que os buscam.
Apaixonados por doces, esses pequenos de espírito infantil atuam na linha da direita, na Umbanda eles são da linha de Oxumaré, já no Candomblé os Erês são mensageiros do Orixá de cabeça de quem os invoca.
Além de doce, eles também adoram brinquedos que correspondem à sua linha de atuação. Muitos deles passam a gira abraçados com bonecas, carrinhos, barcos, montados em cavalinhos, usando espelhinhos, chupando chupetas ou até mesmo os dedos.
Erês não gostam de choro, farão de tudo para te ver sorrir, e suas orientações serão todas voltadas a caminhos que te levarão às conquistas e realizações.

Erês e Ibejis / Os Erês no Candomblé

Os Ibejis embora sejam crianças extrovertidas, não são guias como os Erês, possuem suas representatividades de Orixás e se diferem dos encantados em suas histórias e atributos.
No Candomblé embora os Erês também sejam crianças, pode-se dizer que eles são mais “comportados” (quando são educados corretamente). Eles transitam as informações dos Orixás para seus filhos, sendo assim são sempre solicitados pois somente eles estabelecem essa comunicação.
São figuras extremamente importantes, estão sempre presentes e ajudam na limpeza da casa. A energia do terreiro está totalmente associada com as vibrações dos Erês.
Como dito anteriormente, esses guias no Candomblé seguem a linha do Orixá de cabeça de quem é iniciado na religião. E devido a este motivo, sua nomenclatura está relacionada a este Orixá regente.
Alguns nomes de Erês no Candomblé:
Exú = Foguinho e Pinga Fogo;
Oxóssi = Andorinha e Flexinha;
Oxalá = Pombinha Branca e Caramujinho;
Oxum = Amorzinho e Espelhinho;
Yansã = Ventania e Tachinho;
Oxumaré = Chuvinha e Arco-Íris;
Yemanjá = Conchinha e Maré;
Nanã = Laminha e Lodinho;
Xangô = Gamelinha e Trovoada;
Ogum = Guerreirinho e Espadinha;
Omulú = Pipoca e Palhinha.

Erês e São Cosme e Damião / Os Erês na Umbanda

São Cosme e Damião são Santos da Igreja Católica amados em diversas religiões, onde os Orixás Ibejis são sincretizados com os médicos gêmeos. Na Umbanda é notável a adoração pelos dois irmãos, já que a própria festa dos Erês é conhecida como Festa de São Cosme e Damião, onde há uma comemoração para os encantados, repleta de doces e da energia da felicidade de infância.
O motivo dessa representação ligada aos Santos é devido ao costume que ambos tinham de atender pessoas carentes gratuitamente e entregar doces às crianças que passavam por seus cuidados.
Esse simples gesto repleto de carinho ficou marcado eternamente e passou a ser homenageado na Umbanda, com a entrega de docinhos para as crianças que irão receber o passe nas giras.
Os Erês na Umbanda seguem a linha de Oxumaré pois ambos trabalham no campo da renovação e da transformação com o intuito de alcançar o sucesso em qualquer que seja o assunto.
Na Umbanda, os Erês como guias, dão passes para aqueles que vão em procura de sua sabedoria e proteção, eles enchem o terreiro de alegria e todos saem da festa muito mais motivados, com as energias transformadas.
Alguns nomes de Erês na UmbandaErê Zezinho, Joãozinho, Pedrinho, Mariazinha e Aninha. O que pode acontecer é desse nome ter um complemento e isso determinar uma relação do Erê com um Orixá, por exemplo: Zezinho Marinheiro (vibração de Yemanjá).

Saudação aos Erês

Saudação: Bejiróó! Oni Beijada! – A saudação tem significado de: “Ele é dois!” ( a mesma dos Ibejis).
Os Erês são fonte de energia e renovação. Eles despertam em nós nossa mais pura essência, vontade de progredir e de buscar a felicidade plena. Esses sentimentos são oriundos do nosso verdadeiro eu, que acabamos reprimindo durante nosso crescimento, mas que os Erês conseguem enxergar e farão o possível para que você relembre o verdadeiro significado de viver.

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