Boa noite gente!
Ando sumida né? Mas amanhã volto a postar nossas macumbas e boacumbas no blog!
Os nossos trabalhos continuam sendo realizados regularmente apesar de não postados. A minha pressão desregulada... ainda está desregulada, mas no geral tenho me sentido bem, fazendo observação na medicação, que vez ou outra está baixando bastante a pressão, é 8 ou 80, precisando de encontrar um ajuste.. mas chego lá! Só que por conta disto, neste intervalo... tem alguns dias que se encostar em algum lugar eu "apago" sem sentir e quando vejo já estou sonhando.
E ontem a tarde aconteceu isto... eu me programei mesmo para tirar um cochilo, mas pensei: ah eu nem preciso colocar despertador pq não consigo mesmo dormir a tarde... é sempre uma soneca de 30 min uma hora, no máximo.... vou ver no que dá! E acabei dormindo 2 horas seguidas em um sono que foi bem pesado, só acordei pq estavam me gritando, senão eu acho que tinha continuado... e na verdade... queria ter continuado lá... no sonho!
Sonhei que estava em uma viagem. O lugar era bonito, arborizado, tinha muito verde. Depois disto eu estava em um lugar que era uma espécie de terminal, lembrava os terminais de aeroporto ou até mesmo de rodoviária, mas estava vazio. Depois eu estava dormindo.. ainda na rua, mas deitada em um lugar bem bonito e era acordada com um homem muito alegre me beijando a bochecha direita! Ele era barbudo, com uma pele muito bonita, bonito também, com um riso largo contagiante, estava uma felicidade só! E ele me dizia: sou Luis de Camões, se eu soubesse que ia te encontrar eu teria trazido a minha filha Camila para lhe apresentar... como se me conhecesse desde sempre...
Daí ... veio o infeliz do meu irmão, me gritou e eu acordei sem saber o que o Luis de Camões queria comigo! kkkkk
Agora gente do céu... de onde este homem surgiu? Lembro que no sonho quando abri os olhos e tive a visão daquele homem lindo e com uma energia reluzente eu fiquei pensando: quem é este? E assim ele se apresentou! Mas... como ele apareceu? Pq nem sinal de nada, nadica que pudesse direta ou indiretamente ter despertado minha mente para sonhar com ele ou com nada relacionado a ele...estranho, mui estranho! E pelo pouco que pesquisei... não encontrei nada que mostrasse que ele teve filhos, mas se por acaso tiver algum enredo espiritual... ele surge de novo!
Das muitas imagens dele que achei na internet esta foi a que mais se aproximou de toda beleza que ele emanava, por isto escolhi esta.
Vou deixar aqui um pouquinho sobre ele e uma pequena homenagem a todos os apaixonados do blog:
Amor é fogo que arde sem se ver é um soneto de Luís Vaz de Camões (1524-1580), um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos. O famoso poema foi publicado na segunda edição da obra Rimas, lançada em 1598.
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor
Análise e interpretação
Camões desenvolve o seu poema de amor através da apresentação de ideias opostas: a dor se opõe ao não sentir, o contentamento afinal é descontente. O poeta usa esse recurso de aproximação de coisas que parecem distantes para explicar um conceito tão complexo como o amor.
Amor é fogo que arde sem se ver,
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
Por meio da aproximação dos opostos, o poeta nos traz uma série de afirmações sobre o amor que parecem contraditórias, mas que são inerentes à própria natureza do sentimento amoroso.
Esse recurso linguístico é chamado de antítese. A antítese, que o poeta usa para desenvolver os seus versos, é uma figura de linguagem onde há uma aproximação de ideias opostas.
Outro ponto importante é que o poema do mestre português é construído baseado num raciocínio lógico que leva a uma conclusão final. Essa argumentação fundamentada na apresentação de afirmações que leva a uma consequência lógica final é chamada de silogismo.
No poema de Camões, as afirmações são feitas nos dois quartetos e no primeiro terceto, sendo a última estrofe a conclusão do silogismo.
Na última estrofe, Camões apresenta a sua conclusão.
Mas como causar pode seu favor
se tão contrário a si é o mesmo Amor
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
O formato do soneto clássico e a sonoridade estão diretamente relacionados ao conteúdo do poema. Nas onze primeiras estrofes temos o desenvolvimento de um raciocínio, e, nessas estrofes, observamos uma sonoridade próxima por conta das rimas e da pausa na sexta sílaba métrica.
Camões, mais um poeta a falar sobre o amor
Camões usa do pensamento lógico para expor um sentimento humano muito profundo e complexo, o amor. O tema do amor é muito caro à poesia, sendo explorado há séculos por diversos escritores.
Um dos pontos mais abordados sobre o amor é em relação à lealdade daquele que ama em relação ao amado. As cantigas medievais versavam constantemente sobre esse sentimento de servidão, e o autor não deixa de colocá-lo no seu poema, usando sempre a antítese para construir o seu argumento.
é ter com quem nos mata, lealdade.
Camões exprime a dualidade desse sentimento de uma forma exemplar. Alcançando o cerne de um dos sentimentos mais complexos que existe; que nos provoca tanto prazer e sofrimento ao mesmo tempo.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
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