segunda-feira, 16 de junho de 2014

PARENTESCO CORPORAL E ESPIRITUAL

 
 
LEITURA DO EVANGELHO
 
8 Os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços espirituais. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este existia antes da formação do corpo. O pai não gera o Espírito do filho: fornece-lhe apenas o envoltório corporal. Mas deve ajudar seu desenvolvimento intelectual e moral, para o fazer progredir.
 
            Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são os mais freqüentemente Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem também por seu antagonismo na Terra, a fim de lhes servir de prova. Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consangüinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação. Donde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem, pois, atrair-se, procurar-se, tornarem-se amigos, enquanto dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, como vemos todos os dias. Problema moral, que só o Espiritismo podia resolver, pela pluralidade das existências. (Ver cap. IV, nº 13)
            Há, portanto, duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. As primeiras, duradouras, fortificam-se pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das diversas migrações da alma. As segundas, frágeis como a própria matéria, extinguem-se com o tempo, e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual. Foi o que Jesus quis fazer compreender, dizendo aos discípulos: “Eis minha mãe e meus irmãos”, ou seja, a minha família pelos laços espirituais, pois “quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está nos céus, é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
            A hostilidade de seus irmãos está claramente expressa no relato de São Marcos, desde que, segundo este, eles se propunham a apoderar-se dele, sob o pretexto de que perdera o juízo. Avisado de que haviam chegado, e conhecendo o sentimento deles a seu respeito, era natural que dissesse, referindo-se aos discípulos, em sentido espiritual: “Eis os meus verdadeiros irmãos”. Sua mãe os acompanhava, e Jesus generalizou o ensino, o que absolutamente não implica que ele pretendesse que sua mãe segundo o sangue nada lhe fosse segundo o Espírito, só merecendo a sua indiferença. Sua conduta, em outras circunstâncias, provou suficientemente o contrário.
 
LEITURA DO EVANGELHO

A reencarnação fortalece os laços de família, ao passo que a unicidade da existência os rompe
18. Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói.
No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento. Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. Após cada existência, todos têm avançado um passo na senda do aperfeiçoamento. Cada vez menos presos à matéria, mais viva se lhes torna a afeição recíproca, pela razão mesma de que, mais depurada, não tem a perturbá-la o egoísmo, nem as sombras das paixões. Podem, portanto, percorrer, assim, ilimitado número de existências corpóreas, sem que nenhum golpe receba a mútua estima que os liga.
Está bem visto que aqui se trata de afeição real, de alma a alma, única que sobrevive à destruição do corpo, porquanto os seres que neste mundo se unem apenas pelos sentidos nenhum motivo têm para se procurarem no mundo dos Espíritos. Duráveis somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem. Ora, semelhante causa não subsiste no mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre. No que concerne às pessoas que se unem exclusivamente por motivo de interesse, essas nada realmente são umas para as outras: a morte as separa na Terra e no céu.
19. A união e a afeição que existem entre pessoas parentes são um índice da simpatia anterior que as aproximou, Daí vem que, falando-se de alguém cujo caráter, gostos e pendores nenhuma semelhança apresentam com os dos seus parentes mais próximos, se costuma dizer que ela não é da família. Dizendo-se isso, enuncia-se uma verdade mais profunda do que se supõe. Deus permite que, nas famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso. Assim, os maus se melhoram pouco a pouco, ao contacto dos bons e por efeito dos cuidados que se lhes dispensam. O caráter deles se abranda, seus costumes se apuram, as antipatizas se esvaem. E desse modo que se opera a fusão das diferentes categorias de Espíritos, como se dá na Terra com as raças e os povos.
20. O temor de que a parentela aumente indefinidamente, em consequência da reencarnação, é de fundo egoístico: prova, naquele que o sente, falta de amor bastante amplo para abranger grande número de pessoas. Um pai, que tem muitos filhos, ama-os menos do que amaria a um deles, se fosse único? Mas, tranquilizem-se os egoístas: não há fundamento para semelhante temor. Do fato de um homem ter tido dez encarnações, não se segue que vá encontrar, no mundo dos Espíritos, dez pais, dez mães, dez mulheres e um número proporcional de filhos e de parentes novos. Lá encontrará sempre os que foram objeto da sua afeição, os quais se lhe terão ligado na Terra, a títulos diversos, e, talvez, sob o mesmo título.
21. Vejamos agora as consequências da doutrina antireencarcionista. Ela, necessariamente, anula a preexistência da alma. Sendo estas criadas ao mesmo tempo que os corpos, nenhum laço anterior há entre elas, que, nesse caso, serão completamente estranhas umas às outras. O pai é estranho a seu filho. A filiação das famílias fica assim reduzida à só filiação corporal, sem qualquer laço espiritual. Não há então motivo algum para quem quer que seja glorificar-se de haver tido por antepassados tais ou tais personagens ilustres. Com a reencarnação, ascendentes e descendentes podem já se terem conhecido, vivido juntos, amado, e podem reunir-se mais tarde, a fim de apertarem entre si os laços de simpatia.
22. Isso quanto ao passado. Quanto ao futuro, segundo um dos dogmas fundamentais que decorrem da não-reencarnação, a sorte das almas se acha irrevogavelmente determinada, após uma só existência. A fixação definitiva da sorte implica a cessação de todo progresso, pois desde que haja qualquer progresso já não há sorte definitiva. Conforme tenham vivido bem ou mal, elas vão imediatamente para a mansão dos bem-aventurados, ou para o inferno eterno. Ficam assim, imediatamente e para sempre, separadas e sem esperança de tornarem a juntar-se, de forma que pais, mães e filhos, mandos e mulheres, irmãos, irmãs e amigos jamais podem estar certos de se verem novamente; é a ruptura absoluta dos laços de família.
Com a reencarnação e progresso a que dá lugar, todos os que se amaram tornam a encontrar-se na Terra e no espaço e juntos gravitam para Deus. Se alguns fraquejam no caminho, esses retardam o seu adiantamento e a sua felicidade, mas não há para eles perda de toda esperança. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, um dia sairão do lodaçal em que se enterraram. Com a reencarnação, finalmente, há perpétua solidariedade entre os encarnados e os desencarnados, e, daí, estreitamento dos laços de afeição.
23. Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem, para o seu futuro de além-túmulo: 1ª, o nada, de acordo com a doutrina materialista; 2ª, a absorção no todo universal, de acordo com a doutrina panteísta; 3ª, a individualidade, com fixação definitiva da sorte, segundo a doutrina da Igreja; 4ª, a individualidade, com progressão indefinida, conforme a Doutrina Espírita. Segundo as duas primeiras, os laços de família se rompem por ocasião da morte e nenhuma esperança resta às almas de se encontrarem futuramente. Com a terceira, há para elas a possibilidade de se tornarem a ver, desde que sigam para a mesma região, que tanto pode ser o inferno como o paraíso. Com a pluralidade das existências, inseparável da progressão gradativa, há a certeza na continuidade das relações entre os que se amaram, e é isso o que constitui a verdadeira família.
(Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. IV – pg. 64 a 67)
 
REFLEXÕES

 A reencarnação revela na família os acertos e os erros de vidas anteriores.
O cenário familiar é o passado no presente, exigindo reajustes e transformações.
A Doutrina Espírita ajuda a compreender que os compromissos não resolvidos do pretérito voltam aos dias de hoje, através da reencarnação, como dívidas a serem resgatadas.
Jesus é o avalista, mas no Banco da Evolução ninguém transfere o débito.
O devedor é quem paga.
(obra: Vivendo o Evangelho – Vol. I – pg. 93/94)
 
VIBRAÇÕES

 Queridos irmãos, após refletirmos sobre nossas vidas, nossos erros e acertos, nossa família, vamos agora serenando nosso coração, nossos pensamentos e sentimentos e deixando fluir em nós aquilo que temos de melhor para doarmos em favor do próximo e Deus, que tudo vê, nos abençoará e ajudará.
Vamos então elevando nossos pensamentos a Deus Pai, a Jesus nosso Mestre e a nossa meiga e doce Maria, deixemos que a Luz do Amor Maior nos envolva…respiremos profundamente… e vamos entrando em sintonia com o mais alto e assim, harmonizados e protegidos vamos vibrando…
- por nossos irmãos que neste momento encontram-se em sofrimento, infelizes, tristes, deprimidos… que Deus os conforte.
- pelos que se encontram nos vícios, no crime, nos grandes prejuízos físicos e morais.. que eles possam ser esclarecidos e amparados.
- que as nossas vibrações cheguem até os hospitais, os asilos, orfanatos, lares ou nas ruas onde pessoas enfermas esperam por um alívio para seus males. Que recebam um pouco de esperança e de fé e se for permitido por tua lei sábia e santa, que recuperem a saúde.
- vibremos pelas crianças e pelos jovens: que não lhes falte o amparo material e espiritual, o pão e a escola, o amor e a orientação da alma !
- por aqueles que vagueiam sem lar, sem abrigo.
- pelos dirigentes de todas as nações, especialmente os do nosso país, que sob tua proteção, governem com amor e justiça, em favor dos seus povos.
- Ampara Pai, as criaturas que, cheias de amor e boa vontade, querem praticar o bem, trabalhar em favor do próximo. Que consigam realizar todo o bem que desejam fazer.
- Que a proteção divina se estenda a todos os lares, ao nosso também, que neles exista o respeito, a harmonia e a ajuda mútua.Que todas as famílias sejam abençoadas e fortalecidas no Teu Amor.
- Proteja e fortaleça Pai, nossa casa espírita, seus assistidos, coordenadores, voluntários e dirigentes, para que possam sempre acolher a todos com muito amor. Que todos os projetos idealizados para crianças e jovens possam ser realizados com êxito e que todos os divulgadores da Doutrina Espírita sejam também fortalecidos para que o trabalho continue.
E por fim Senhor Deus da Vida, nós te agradecemos e rogamos por nós mesmos, para que tenhamos mais compreensão, mais tolerância e mais amor em nós.
Que assim seja.
 
PRECE FINAL
“Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia.”
[Emmanuel / Chico Xavier]
 
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Como irei fazer algumas velas de adoçamento agora para familiares, resolvi postar estes trechos do evangelho segundo o espiritismo para que muitos possam fazer a reflexão de como andam os laços familiares. Não adianta uma mãe com o filho que está nas drogas e que se distanciou dele e o fez tomar conscientemente ou inconscientemente este caminho, achar agora que o espiritual vai trazer a cura para esta situação como em um passe de mágica, pois o que tomou proporção e cresceu não foi de um dia para o outro e a vida nos cobra as nossas ações e as nossas omissões na mesma proporção. O que importa é adquirir uma nova consciência e trabalhar na intenção de se melhorar e poder estender esta melhora aos demais ao seu redor. Vamos fazer a nossa parte e com certeza o espiritual estará fazendo a dele pois estamos tendo todos, cada um a seu tempo e merecimento, muitas respostas e assim continuará sendo!

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