As GUIAS usadas na Umbanda são aqueles colares coloridos que os médiuns utilizam nos trabalhos, fazendo parte do uniforme do Umbandista. Estes “colares” são verdadeiros pára-raios em defesa dos os médiuns. É um objeto no qual os Guias e Protetores imantam com determinadas forças para servirem de instrumentos em ocasiões precisas. A Guia é então, uma das muitas ferramentas utilizadas pelo médium que serve como defesa deste que, muitas vezes, se vê obrigado a entrar em contato com energias às quais ele não poderia suportar, daí a explicação para as guias que arrebentam de repente. Por ser de material altamente atrativo, a guia recebe toda a carga negativa que foi direcionada ao médium e arrebenta. A guia não serve somente como proteção do médium. Esta tem muitas outras utilidades como, por exemplo:
- serve como instrumento de ligação psíquica entre Médium e Espírito,
- serve como instrumento de tratamento,
- serve como material de trabalho das Entidades, atraindo ou emitindo energias e etc.
- serve como material de trabalho das Entidades, atraindo ou emitindo energias e etc.
CONFECÇÃO DAS GUIAS
As guias devem ser confeccionadas com produtos naturais, pois são imantáveis e condutores de energias. Esses materiais podem ser: sementes, madeira como o bambu, pedras, conchas e outros objetos marinhos, pedras preciosas e semipreciosas (mesmo que lapidadas), cristais, porcelana, miçangas, dentes de animais, guizos e outros, como por exemplo, os metais. Jamais se usa plástico ou outro produto artificial. Usando-se os materiais citados acima, as guias serão confeccionadas de acordo com o pedido feito pelas entidades, de acordo com a doutrina da casa que você freqüenta ou de acordo com a necessidade daquela guia. Não se pode montar uma guia só porque acha bonito, ou porque todos usam, ou porque você acha que deva usar. Espere, tudo na sua hora! Nas lojas especializadas encontram-se guias prontas dos mais variados modelos, mas existem casos em que a entidade pede para que você monte a guia pedida. Porquê? A guia é uma peça “benta” com força e irradiação para nos proteger e aumentar nossa força, nossa vibração e etc. São ritualisticamente preparadas, ou seja, imantadas, de acordo com a tônica vibracional de quem as irá utilizar (médium e entidade), e conforme o objetivo a que se destinam. Geralmente, quando uma entidade pede para seu filho montar a sua Guia, a mesma estará presente naquele momento, ou para dar orientações na montagem por intuição, ou para ver se o filho realmente tem o devido respeito pela religião (objetos, entidades, rituais e etc.) ou por vários outros motivos como, por exemplo, testes de fé, de paciência, pois tem vezes que a guia se quebra várias vezes antes de ficar pronta, ou às vezes a entidade está desenvolvendo sua mediunidade através das intuições e muito mais. Por isso, para montar uma guia, deve-se estar tranqüilo, sem agitação externa e sem preocupações, enfim trabalhando, meditando e se conectando com seus Guias espirituais. As guias, depois de prontas ou compradas devem ser descarregadas e cruzadas (benzidas). Dependendo da doutrina de cada casa, as guias serão colocadas no conga por um determinado tempo, as vezes serão colocadas em certos recipientes com misturas de ervas, ou colocadas em sal grosso, e etc. Só depois de feito isso é que a entidade chefe da casa ou seu próprio guia vai cruzá-la. Lembre-se, se a guia não foi cruzada, a mesma não terá nenhum valor. Como dissemos acima, a guia será imantada com energias de acordo com as necessidades de quem vai usa-la e a que finalidade será utilizada.
TIPOS DE GUIAS
Existem pelo menos quatro tipos de guias que são utilizadas freqüentemente pelos filhos de fé. São elas: •Guia de proteção •Guia de tratamento •Guia do Orixá •Guias das Entidades Cada guia tem seu formato e cores específicas, como já lemos acima, ela será de acordo com a necessidade a que se destina. Veja a seguir algumas características das guias mais utilizadas.
GUIA DE PROTEÇÃO
Geralmente, quando um médium entra para a religião e começa a trabalhar numa casa de Umbanda, pede-se para que ele providencie a sua guia de proteção. Essa guia, não é uma regra, mas geralmente pede-se uma Guia de Oxalá, ou de Sete Linhas, em algumas casas utiliza-se uma guia “incomum”, ou seja, uma guia com cores e formatos diferentes do tradicional, de acordo com as instruções do Mentor da Casa é preparada uma guia “Daquele Centro”. A guia de Oxalá é de cor branca. Oxalá é o Orixá Maior representado por Jesus. Essa é a mais usada nos casos de proteção e tratamentos. Já a guia de Sete Linhas, é aquela que tem sete cores, ou seja, representa os sete Orixás da Umbanda. É utilizada também para proteção, pois significa que o médium está sob a proteção das Sete Linhas da Umbanda.
GUIA DE TRATAMENTO
Como vimos acima, usa-se muito a guia branca, pois ela tem, “também”, um efeito psicológico no tratamento. Quando uma pessoa vai passar por um tratamento utilizando essa guia, é dito ao paciente que é uma guia devidamente cruzada para aquele tratamento, e que essa guia branca é a guia que representa a força ou vibração de Jesus, Oxalá na Umbanda. Dito isso, a pessoa acaba tendo sua fé aumentada, só por ter dito que é de Jesus; e com isso se obtém melhores resultados no tratamento, não que outras guias não sirvam, mas a parte psicológica conta e muito. Existem casos em que a entidade lhe empresta ou te dá a guia Dele. Nestes casos, quando você for presenteado com uma, não precisa repor; mas, quando for solicitada a sua reposição, não se esqueça de faze-la, existe aí uma grande ligação entre paciente e entidade. Não precisa pressa, não; mas a devolução é um meio pelo qual a Entidade tem a certeza de que você ao menos tem interesse pelo "teu caso" e respeita o que o Caboclo ou Preto-Velho falou.
GUIA DO ORIXÁ
É a guia que está ligada à faixa vibratória do médium e também é a guia que representa a linhagem das entidades que trabalham com esse médium. A guia do Orixá é feita na cor relacionada ao Orixá, geralmente de uma cor só, apesar de existirem centros que trabalham com Orixás cruzados. Nesses casos as guias são de duas ou mais cores. Por exemplo, um Filho de Ogum, usa uma guia vermelha e um Filho de Oxossi usa uma guia verde. Ogum (guerreiro) tem sua vibração nos campos abertos, já Oxossi (caçador) tem sua vibração nas matas, então não sei como pode existir esse cruzamento de vibrações e Orixás, mas existe...
GUIAS DAS ENTIDADES
São aquelas guias que não tem um padrão, ou seja, cada entidade pede sua guia de trabalho de acordo com suas necessidades. Por isso é que temos tantos modelos de guias tão diferentes umas das outras; temos guias feitas com contas (bolinhas) coloridas e intercaladas com outros materiais, como dentes, olho de cabra, coquinhos e etc. As guias das entidades devem ser feitas exatamente como elas pediram, pois tem grandes significados para elas que nós nem sequer imaginamos, é como um ponto riscado, cheio de mistérios. Algumas dão até para adivinhar, por exemplo, uma guia toda verde com sete flechas intercaladas e com o fechamento vermelho. Bem, vamos lá... A cor verde quer dizer que é um Caboclo (jamais vi um Preto-Velho ou um Exu com uma guia verde), as sete flechas poderia indicar o nome desse Caboclo e o fechamento vermelho pode estar indicando a linha que a entidade trabalha, nesse caso linha de Ogum. Então teríamos aí o Caboclo Sete Flechas de Ogum. Isso foi só um exemplo, bem fácil por sinal. Existem muitas outras guias que são indecifráveis para nós.
CORES DAS GUIAS
Existem cinco tipos de guias que tem cores e formato “padrão”.
•Branco e Verde - Caboclo
•Branco e Preto - Preto Velho
•Azul e Rosa - Crianças
•Vermelho e Preto - Exu
•Branco, Vermelho, Azul, Verde, Amarelo, Marrom e Roxo - 7 Linhas (Orixás)
Essas guias, modelo padrão, são encontradas nas lojas especializadas. E são feitas na contagem de sete contas de cada cor. Outros modelos de guias, só a pedido das entidades.
UTILIZANDO AS GUIAS
Geralmente os médiuns usam as seguintes guias no trabalho:
•De proteção
•Do seu Orixá
•Dos seus Guias (entidades que trabalham com o médium)
As guias são geralmente usadas no pescoço, porém em alguns casos pode-se notar que alguns médiuns as usam atravessadas no peito, outros na mão e etc. Isso ocorre por vários motivos.
Vejamos alguns:
•As guias usadas no pescoço servem como um elo de ligação entre seu Orixá (faixa vibratória) e a entidade atuante naquele momento. Usa-se a guia no pescoço para dar mais intensidade no lado mental do médium, melhorando a comunicação ou transmissão daquilo que a entidade pretende passar ou até mesmo ajudando na ligação do médium ao espírito na hora da incorporação das entidades, onde o médium precisa elevar a sua faixa vibratória e a entidade descer a sua para que ocorra a comunicação.
•Quando um médium utiliza a guia atravessada no peito, geralmente do lado direito para o esquerdo, é por causa do coração (estado emocional). A entidade percebe que seu filho está ou tem algum problema ou desvio emocional que poderia influenciar no trabalho, geralmente corações endurecidos, então a guia será imantada para agir na parte emocional do médium. Utiliza-se a guia atravessada também em tratamentos de certas partes do corpo, mas somente quando for ordenado que seja dessa forma, caso contrário a guia deve ser colocada no pescoço normalmente.
•Guias nas mãos ou enroladas no pulso, somente quando o médium está incorporado. Nesse caso, a entidade utiliza a guia para dar passes. Quando a entidade enrola sua guia na mão, às vezes nas mãos do consulente, ela está direcionando energias. Uma guia enrolada na mão da entidade serve como um condutor de energia que será emitida àquela pessoa, quando enrolada nas mãos do consulente, pode ser que a entidade esteja retirando energias negativas daquela pessoa. Lembre-se que nem todas entidades trabalham dessa forma, cada um com seu jeito de trabalhar. Muitas entidades, ao invés de usar a guia para retirar ou emitir energias, preferem trabalhar com seu charuto ou cachimbo.
•Existem entidades que colocam suas guias no chão e pedem para que o consulente entre dentro daquele círculo na hora que forem passar pelo passe. Esse círculo forma um campo magnético, onde a entidade vai trabalhar as diversas energias que está sendo trazida pelo consulente. Existem entidades que não colocam sua guia, mas fazem um círculo riscado no chão, e trabalham da mesma maneira.
•Algumas entidades usam suas guias no pescoço do consulente na hora do passe, outras usam as guias para formar um círculo no ponto riscado e etc. Muito bem, aí foram algumas formas que as guias são usadas nos trabalhos. Podem existir muitas outras maneiras diferentes de se usar uma guia, mas tudo deve ser feito com orientação. Uma guia cruzada, usada sem orientação ou de forma errada, pode causar problemas a quem as utiliza.
RELEMBRANDO
-As guias são elementos ritualísticos pessoais, individuais e intransferíveis, devendo ser confeccionadas, manipuladas e utilizadas somente pelo médium a quem se destinam. Deve-se observar que cada indivíduo e cada ambiente possuem um campo magnético e uma tônica vibracional próprios e individual (tanto positivo quanto negativo). A confecção ou manipulação das guias por outras pessoas, ou ainda, seu uso, em ambientes ou situações negativas ou discordantes com o trabalho espiritual, fatalmente acarretará uma "contaminação" ou interferência vibracional. Como elemento de atração e isolamento, funcionam como um tipo de "Para-Raios", atraindo para si, toda (ou quase) a carga negativa ou estranha ao médium, isolando-o até certo ponto. No entanto, as guias irão permanecer "carregadas", até serem devidamente "limpas". Excepcionalmente, podem ser utilizadas pelo médium, para "puxar" uma determinada vibração, de forma a lhe proporcionar alivio em seus momentos de aflição. Nestes casos, 10 a 15 minutos de uso são suficientes. Em qualquer dos casos, a guia ira proporcionar uma interferência no campo magnético do médium. Dependendo da situação ou circunstância, poderá até mesmo causar-lhe um certo desconforto aparente ou mal-estar, devido a um aceleramento de sua Faixa Vibratória. Mesmo durante um trabalho espiritual ou ritualístico, notadamente antes de uma incorporação, o uso indiscriminado de diversas guias ao mesmo tempo, poderá prejudicar a sintonia do médium, uma vez que, diversas falanges serão atraídas ao mesmo tempo. Apenas em casos muito raros e excepcionais, podem ser utilizadas em outra pessoa, como forma a favorece-la com uma vibração positiva específica (notadamente em relação à saúde), observando-se, contudo o cuidado de ao retira-las, limpa-las adequadamente antes de serem reutilizadas pelo médium. Como vimos, as guias são elementos ritualísticos muito sérios e como tal que devem ser respeitados e cuidados. Seu uso deve se restringir ao trabalho espiritual, ao ambiente cerimonial (terreiro) e aos momentos de extrema necessidade por parte do médium. Utilizar a guia em ambientes ou situações dissonantes com o trabalho espiritual, ou por mera vaidade e exibicionismo, é no mínimo um desrespeito para com a vibração a qual representam. A guia é um objeto muito sério e deve ser utilizado com seriedade. Lembre-se que as guias são objetos sagrados e como tais devem ser tratadas. Mas, o mais importante de fato, é que o Filho aprenda a ter fé e confiança nas Entidades e em Deus, não se apoiando em verdadeiras "muletas psicológicas" para se sentir protegido. Lembre-se: o que está escrito aqui não é regra geral para a Umbanda!
FONTE:
http://wwwumbandaonline.blogspot.com.br/2009/08/as-guias.html
Ah sempre tive curiosidade.
ResponderExcluirAdorei o texto!
Super explicadinho
Obrigada cigana
Bjs
Ótimo texto queremosssss mais!!umbanda tem fundamento
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