MAIS ABRAÇOS, MENOS JULGAMENTOS

A sessão na mata foi tudo de bom. A Cabocla Jurema deixou uma mensagem da necessidade de ampararmos nossos próximos, principalmente para os médiuns que trabalham na casa dela, onde a dirigente trabalha. Somos seres humanos e por isto mesmo, TODOS imperfeitos, mas isto não serve de desculpas para não trabalharmos nossas limitações. A própria mãe de santo ainda é uma pessoa que se ressente com tudo e com todos, se magoa facilmente e não entende o ser humano como deveria, pois se entendesse saberia que esta casa de umbanda é uma casa de passagem, querer agregar pessoas e se ressentir com a partida delas é como querer reter as águas que correm na cachoeira. Na natureza assim como em nossas vidas, tudo segue um curso e tem tempo de ação. Na vida de cada um de nós também assim se faz, cada coisa e cada pessoa tem seu tempo de atuação e nos deixa uma lição, levado do convívio também um aprendizado. Mas querer aprisionar o outro em nosso convívio ou querer impor maneira de pensar, convicção ou religião, é se aprisionar achando que está aprisionando o outro. Somos pontes e mesmo assim velhas pontes se desfazem para dar lugar a novas pontes, mais firmes e mais concretas. Que a sabedoria dos orixás nos permitam caminhar e deixar que cada um caminhem igualmente em corpo e espírito. Quem se apega mais, sofre mais e o sofrer não combina com uma dirigente, ela está ali para auxiliar a disseminar o sofrer e não para se contaminar por ele. ACEITAÇÃO, como sinalizaram as guardiãs, ainda é o melhor remédio para quem sofre do mal de julgar, apontar ou querer modificar a realidade do outro. A única realidade que podemos mudar é a nossa. Que a cura da alma possa ser plena em cada um de nós e que possamos ir nos curando do vírus do desamor, da arrogância e da imposição. Cada um dá somente aquilo que possue. A mensagem maior final e mais abrangente foi esta: Vamos abrir os braços, abraçar menos e apontar mais!