ALMAS GÊMEAS: ELAS EXISTEM MESMO?
Par ideal, cara-metade, tampa da panela... São alguns dos nomes para o tal do "amor perfeito". Histórias de amor que resistem a sucessivas encarnações podem emocionar a muitos, mas, para a doutrina espírita, almas gêmeas realmente existem?
Texto • Sílvia Sibalde
Encontrar um grande amor e ser feliz para sempre. É o que a maioria das pessoas busca desde a infância quando ouve as primeiras histórias com finais felizes. Muitos passam até mesmo uma vida inteira procurando a pessoa ideal. A realidade, porém, nos mostra finais bem menos românticos e felizes do que os apresentados nos contos de fada.
A crença na alma gêmea vem desde a Antiguidade. Uma lenda conta que, Deus, no processo de criação do mundo, uniu homens e mulheres em um só corpo, mas após a queda do Paraíso, os seres humanos teriam se distanciado do Criador. Assim, a união teria sido interrompida, dando origem ao sexo oposto. Desde então, homem e mulher passaram a buscar sua outra metade para se sentirem plenos novamente.
No entanto, segundo o espiritismo, dois espíritos criados um exclusivamente para o outro, como almas predestinadas a se unirem, formando um único ser, não existem. A questão 298 de O Livro dos Espíritos, de Alan Kardec, diz: “Não há união particular e fatal entre duas almas. A união existe entre os espíritos, mas em graus diferenciados, segundo a classe que ocupam e a perfeição adquirida; quanto mais evoluídos, mais unidos serão. Da discórdia nascem todos os males humanos; da concórdia resulta a felicidade completa”.
Fantasia romântica
Augustinho Aparecido de Oliveira, vice-presidente da USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo – Distrital Vila Maria, acredita que “o fato de tantas culturas e filosofias acreditarem nesse ideal de amor é bastante romântico e por isso atrai as pessoas”. Explica ainda que, durante sua caminhada milenar, o espírito vai se ligando nas sucessivas reencarnações, quer pelo amor, quer pelo ódio, a outros espíritos para o reencontro necessário ao reajuste para a evolução de ambos.
Dessa maneira, a doutrina espírita prega que, na condição atual em que nos encontramos, trazemos gravada em nossa memória espiritual a necessidade de reencontro com determinado espírito. Este seria necessário para nos redimir dos erros passados ou mesmo para a realização de projetos da nossa evolução. Enquanto esse encontro não se dá, estamos incompletos – sem que isto, no entanto, implique em admitir que outro espírito seja a nossa metade. Aquele que nos faz falta para a realização de nossos projetos não precisa necessariamente aparecer na condição de cônjuge: pode ser um filho, um irmão ou mesmo um amigo essencial para realização da empreitada a que nos propomos.
À espera de um sinal
A busca incansável pelo companheiro ideal, muitas vezes, está ligada também à procura de um aviso vindo do além que aponte este ou aquele como sendo sua cara-metade. Sobre isso, O Livro dos Espíritos explica, na questão 386, que duas pessoas que se conheceram e se estimaram em vidas anteriores não se reconhecem, como muitos acreditam; apenas se sentem atraídos um para o outro. Isso acontece porque as recordações das existências passadas trariam inconvenientes. Podendo existir, no entanto, raras exceções quanto a isso.
O amor à luz do espiritismo
“Quanto mais nos elevarmos na escala espiritual, e assim, nos aproximarmos mais do Criador, mais o nosso amor passará a buscar o ideal de harmonia e fraternidade; por certo o ideal de amor não está estritamente ligado às características físicas”, diz Augustinho Oliveira. Ele explica ainda que os laços afetivos que dois seres mantiveram na Terra perpetua-se no mundo dos espíritos, desde que estejam fundados sob uma simpatia verdadeira, não subordinados aos caprichos dos interesses materiais e do amor-próprio. Sendo assim, “o ideal do amor sob o espiritismo nada tem a ver com o amor egoísta de um espírito exclusivamente para com outro”, completa.
Tirado daqui:
http://www.triada.com.br/espiritualidade/espiritismo/aq173-203-1061-1-almas-gemeas-elas-existem-mesmo.html
Resolvi postar isto aqui pq vcs que seguem o blog de longa data devem se lembrar que a Pam a algum tempo atrás me perguntou se eu acreditava em "amor verdadeiro" como se ele fosse algum dos tesouros perdidos do mundo e eu respondi que não acredito nisto nem em nenhum outro tipo de "conto de fadas" semelhante, acredito em pessoas verdadeiras que estejam dispostas a batalhar juntas por um objetivo, mas este amor envolve DUAS pessoas e quando só uma quer e a outra não partilha do mesmo objetivo, não é amor, é ilusão, tesão, paixonite, qualquer coisa, menos amor! É exatamente a isto que me referi quando mencionei o livro "Mania de sofrer". As pessoas parecem achar mais fácil se tornar uma ostra e se esconder em um mundo de ilusão, do que viver no mundo real. Ele não é perfeito, não é feito só de pessoas boas... sim, mas e daí? Temos que enxergar o mundo como ele é, querermos o que ainda existe de bom sim, mas principalmente temos que contar PRIMEIRAMENTE com nós mesmos para sermos felizes. Querer, esperar do outro, um amor que não somos capazes de sentir por nós mesmos, é o auge da ilusão, ninguém mais é tão responsável pela nossa felicidade quanto nós! Por isto eu fico muito chateada de ver vcs sofrendo por um amor, pq na verdade vcs não estão sofrendo pelo "outro", vcs estão sofrendo por vcs mesmas, pq ainda não aprenderam a se amarem o suficiente! Ai ai é complicado assistir isto, mesmo sabendo que cada um de nós tem nosso estágio de aprendizado, me sinto na obrigação de estar sempre alertando vcs! Amem-se meninas e PAREM de cultivar sofrimento, pois as únicas prejudicadas são vcs mesmas! Nós podemos e devemos nos amar a cada dia mais! Só assim poderemos encontrar alguém que esteja disposto a nos retribuir! Temos que sentir e sermos felizes e positivos independente do outro e não colocarmos sempre o peso de nossa felicidade nos ombros de alguém!
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