domingo, 4 de março de 2012

MEDIUNIDADE NA CARTOMANCIA


Achei este texto muito bom e não poderia deixar de postar aqui:

Para praticar a cartomancia o raciocínio, a intuição e a mediunidade devem trabalhar juntos, pois são estas três capacidades associadas é que nos dão a possibilidade de desvendar o significado dos arquétipos expressos pelo baralho e fazer a sutil associação entre estes significados e o subconsciente do consulente, seu destino e sua história. Mas vamos detalhar melhor qual o papel de cada uma dessas capacidades e, através de uma melhor compreensão de cada uma, fazer uma breve reflexão de como desenvolvê-las.

O Raciocínio é o processo pelo qual nosso cérebro opera logicamente, através de comparações e abstrações do conhecimento adquirido anteriormente. Para raciocinar, precisamos saber, conhecer, comparar, testar, supor, imaginar, racionalizar, extrapolar, enfim, é a parte lógica e racional em ação. E nós colocamos tudo isto em ação estudando, lendo, conhecendo. É muito importante conhecer os significados das cartas, as relações entre as cartas, seus significados quando associadas ao tempo, à saúde, aos elementos, aos signos, à personalidade, enfim, estudar e estudar cada vez mais. Este conhecimento, no momento da prática da cartomancia, é que vai dar consistência ao pensamento, por meio de uma diversidade semântica e de significados rica, aderindo à intuição e à mediunidade completando-as e dando sentido. Sem conhecimento a jogada se torna vaga, vazia e sem sentido. Não existe cartomancia sem o conhecimento e o raciocínio.
A Intuição é um processo mental que possibilita raciocinarmos por um processo involuntário e inconsciente. Através da intuição podemos chegar a conclusões que antes nos eram desconhecidas e por meios igualmente desconhecidos. Apesar de a intuição ser reconhecida pela psicologia como um processo de raciocínio autêntico, muitos acreditam que a intuição é algo paranormal pela incapacidade de comprovar seus meios. Para o cartomante é a intuição que faz a ligação do arquétipo, semântica e significado ao inconsciente do consulente e do seu próprio. É ela quem é responsável por embaralhar as cartas da forma apropriada, dispor na ordem apropriada, de forma a estabelecer um vínculo ao que se almeja com a consulta.
Apesar de eu ter dito logo acima que a cartomancia necessita de três capacidades, na verdade apenas com o Raciocínio e a Intuição já é possível praticá-la. É possível, mesmo para aqueles que jogam com  a mediunidade, “desligá-la” temporariamente, pedindo licença aos seus mentores, para experimentar a prática da cartomancia somente pela intuição e raciocínio. Já fiz esta experiência algumas vezes e particularmente penso que a cartomancia fica um tanto quanto esquemática demais, adquirindo um caráter exclusivamente matemático. Não é uma crítica, de forma alguma, pois imagino que alguns cartomantes prefiram assim por acreditarem ser mais preciso e mais independente de influências inexplicáveis. Sem dúvida é muito válido, porquanto precisamos jogar as cartas também para pessoas que não acreditam em espíritos, guias, reencarnação, etc. Mas me sinto solitário dessa forma, preferindo a orientação e a inspiração por meio da mediunidade como complemento a todo o resto.
Para desenvolver a intuição é necessário praticar. É a prática e a repetição que nos faz executar algo por meio da intuição. É só imaginar que quando não temos prática em fazer algo, pensamos demais, pensamos nos detalhes, pensamos passo a passo. E quando pensamos assim não damos espaço para a intuição trabalhar. É só quando somos capazes de executar uma tarefa automaticamente, sem prestar atenção à detalhes, é que podemos trabalhar intuitivamente.
Por fim a Mediunidade é a capacidade de se conectar ao mundo espiritual. Existem várias formas de mediunidade: a incorporação, a canalização, a clarividência, a vidência, a psicografia, entre outros. Mas o tipo de mediunidade mais usado na cartomancia é o da canalização.
Canalização é o processo mediúnico pelo qual o médium tem um pensamento, que ocorre em seu próprio mental, mas que foi introduzido ali pelo seu mentor. É como se tivéssemos um pensamento nosso e por isso, por vezes, é difícil distinguir entre nossos pensamentos e os pensamentos passados pelo nosso mentor. A Mediunidade é a capacidade mais difícil das três, sendo que ela pode ser inata ou desenvolvida por esforço e vontade próprios. A única forma de desenvolver a mediunidade da canalização e posteriormente adquirir a confiança em distinguir os pensamentos seus e de seu mentor é praticando e, seguindo algumas dicas simples, este processo pode tornar-se mais fácil.
  • Aprenda a não pensar em nada: somos treinados e viciados em pensar o tempo todo, seja no trabalho, no estudo ou mesmo em nosso tempo de lazer estamos o tempo todo pensando, ocupando o nosso mental. Por isso as maiores inspirações mediúnicas acontecem no chuveiro, um dos únicos momentos do nosso dia em que podemos não estar pensando em nada. Pensar em nada é importante, pois libera o nosso mental, deixando-o disponível para o nosso mentor utilizar. Não é possível para o nosso mentor nos transmitir um pensamento com o nosso mental ocupado com outros pensamentos e, mesmo sendo possível, seria inútil, pois nós não conseguiríamos separar um pensamento do outro.
  • Faça o jogo da pergunta e reposta: faça perguntas diretamente ao seu mentor, perguntas preferencialmente simples de respostas curtas e objetivas, para treinar-se a ouvir a resposta. Faça a pergunta e, logo em seguida, aplicando o que discutimos no item anterior, mantenha seu mental quieto para dar espaço para a resposta. Preste atenção a quem se destina o pensamento, pois este jogo deve fluir como numa conversa com um amigo. Você pergunta “quando eu vou ver aquele meu amigo novamente” e ele responde “você vai vê-lo de novo na quinta-feira”. Outra dica é fazer algumas perguntas que você já saiba a resposta, para ir comprovando o que está ouvindo, e depois passar a fazer perguntas que você não saiba a resposta, mas que possa confirmar num tempo próximo para ir adquirindo segurança.
  • Faça meditação: a meditação é um ótimo exercício para treinar a mente. Nela deixamos de pensar em nossas memórias do passado e nas expectativas do futuro, colocando a nossa mente em silêncio e trazendo a nossa concentração para o presente. Este controle, obtido por meio da meditação, é extraordinário para facilitar o processo mediúnico.
Com a Mediunidade desenvolvida, podemos permitir ao nosso mentor nos dê assistência durante a prática da cartomancia. Quando nosso raciocínio e nossa intuição estiverem trabalhando juntos, nosso mentor pode influenciar, nos ajudando, dando dicas preciosas que nos ajudam a unir as coisas e nos trazendo informações adicionais sobre coisas que podemos não estar visualizando. Neste processo, normalmente o mentor do consulente está em contato com o seu, passando informações importantes, orientando a consulta de forma a torná-la mais útil para o consulente.
Como vimos o raciocínio, a intuição e a mediunidade são complementares na prática da cartomancia, e não devemos ignorar nenhuma dessas capacidades, nem valorizar demasiadamente nenhuma delas, ficando dependentes só deste ou daquele recurso. O negócio é praticar bastante, ler bastante, e seguir em frente. O resultado é compensador demais.

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